Glossário de economia

Dealer

Negociante, distribuidor. Pessoa física ou jurídica que age em nome próprio e atua por sua própria conta e risco numa negociação de valores mobiliários. É também aquele que compra mercadorias ou serviços para revenda a consumidores. O elemento de risco de estoque é o que distingue um distribuidor de um agente ou representante de vendas.

Debênture

Título mobiliário que garante ao comprador uma renda fixa, ao contrário das ações, cuja renda é variável. O portador de uma debênture é um credor da empresa que a emitiu, ao contrário do acionista, que é um de seus proprietários. As debêntures têm como garantia todo o patrimônio da empresa. Debêntures conversíveis são aquelas que podem ser convertidas em ações, segundo condições estabelecidas previamente.

Default

Inadimplemento. Não pagamento, por parte de um devedor, dos juros e do principal, à medida que vencem, ou não cumprimento de qualquer outra obrigação estabelecida em um contrato para emissão de títulos. Em caso de inadimplemento, os detentores de obrigações podem reivindicar ativos do emitente para reaver seus créditos.

Déficit

Em contabilidade, é um excesso de pagamentos em relação às receitas. Nas finanças públicas, fala-se em déficit orçamentário quando as despesas são superiores à arrecadação, e em déficit da balança comercial quando o valor total das importações é superior ao total das exportações. Nas contas do governo, o déficit pode ser considerado déficit primário (inclui as receitas e as despesas do governo, não consideradas as financeiras) e déficit nominal (que considera também as financeiras).

Déficit em conta corrente

Também denominado déficit em transações correntes, é aquele que ocorre quando a soma das balanças comercial e de serviços e de transferências unilaterais do balanço de pagamentos mostra um resultado negativo, isto é, de déficit.

(Veja Balanço de pagamentos, Balança comercial, Balança de serviços, Transferências unilaterais e Transações correntes)

Déficit em transações correntes

Ver Déficit em conta corrente.

Déficit nominal

Diferença entre receitas e despesas públicas, quando consideradas as parcelas referentes aos juros nominais incidentes sobre as dívidas interna e externa.

(Veja Déficit)

Déficit primário

Ver Déficit.

Déficit público

Ver Déficit e Déficit operacional.

Depósito compulsório

Instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a liquidez do sistema financeiro e sua capacidade de expansão de crédito. Consiste em estabelecer um percentual de depósitos que cada banco deverá manter no Banco Central em relação aos depósitos que captar, sendo que tais depósitos compulsórios, se provenientes de depósitos à vista, não proporcionam juros para o banco depositante. Exemplo: se um banco captar R$ 10 mil e o compulsório for igual a 15%, terá de depositar R$ 1.500 no Banco Central. Outro objetivo dos depósitos compulsórios, além do controle da liquidez do sistema, é criar um colchão de liquidez obrigatório para os bancos, de forma que não tenham problemas de falta de caixa para eventuais retiradas atípicas de seus depositantes. Alguns tipos de captação direcionados para atividades específicas também têm regras de depósito compulsório, como punição, caso os valores captados não sejam aplicados no volume requerido pela regulamentação.

Derivativos

São contratos financeiros em que as partes pagam ou recebem de acordo com a variação do valor de um ativo subjacente, que dá referência ao contrato. Exemplo: uma opção de compra de ações, pois dá ao adquirente o direito de comprar por um preço preestabelecido, em um período ou data do futuro, uma ação de determinada empresa por um valor fixo. Embora a precificação em cada momento da trajetória de um derivativo seja bastante complexa e multifatorial, pode-se dizer que uma opção de compra tende a subir de preço se a ação em referência subir. O mesmo se dá na direção contrária, quando os derivativos podem ser usados como proteção ou podem ser instrumentos arriscados de ganho (especulação). Por exemplo, um empresário que produza matéria-prima cujo preço é volátil pode decidir vender sua produção futura a um preço preestabelecido para um empresário que usa essa matéria-prima como insumo e que também quer reduzir o risco de preços elevados no futuro. Essa operação é típica do mercado de futuros.

Alternativamente, um devedor que tem um contrato de empréstimo com juros variáveis pode decidir comprar juros no mercado futuro. Caso os juros subam, ele ganhará na operação e o especulador que vendeu esse direito terá perdas. Com esses ganhos não especulativos, mas defensivos, o devedor pode pagar o acréscimo que ocorreu na sua despesa de juros.

Deságio

Desconto que se aplica a um título em relação ao seu valor ao par, que é o valor definido de acordo com as condições contratuais de remuneração do título. O deságio em relação ao valor ao par pode se dar por queda na qualidade do devedor, por elevação da taxa de juros de mercado em relação à taxa contratada no título, entre outros fatores. Se as taxas de mercado estão maiores que as do título, este sofre deságio porque é a forma de compensar sua baixa rentabilidade em relação às condições de mercado.

(Veja Ágio)

Desemprego/Taxa de desemprego

É o percentual de pessoas da força de trabalho que procuram emprego e não encontram. A força de trabalho é composta pelas pessoas em idade de trabalhar (maiores de 14 anos) que estão empregadas ou procurando emprego. A força de trabalho, por isso, exclui estudantes, aposentados e donas de casa, entre outros.

Desenvolvimento sustentado

É um processo de desenvolvimento deflagrado a partir de bases econômicas reais, capaz de manter-se por longo tempo e de autoalimentar-se, gerando aumento de renda, de produção e de produtividade, com reflexos positivos sobre os níveis de emprego e de salários.

Desenvolvimento sustentável

Conceito relacionado a ecologia e administração. Refere-se ao desenvolvimento de uma empresa, ramo industrial, região ou país que, em seu processo, não esgota os recursos naturais que consome nem danifica o meio ambiente de forma a comprometer o desenvolvimento dessa atividade no futuro.

Dívida externa

Somatório das obrigações dos setores público e privado de um país detidos por residentes de outro país, independentemente da forma do instrumento da dívida ou da moeda em que seja denominada, ou mesmo da jurisdição de emissão ou pagamento. Assim, títulos públicos emitidos pela União, denominados em reais, são considerados dívida externa, enquanto títulos privados eventualmente denominados em dólares emitidos e detidos por instituições brasileiras não fazem parte da dívida externa.

Dívida interna

Total dos débitos assumidos pelo governo junto às pessoas físicas e jurídicas residentes no próprio país. Sempre que as despesas do governo superam a receita, há necessidade de dinheiro para cobrir o déficit.

Dotação orçamentária

Também chamada de rubrica. É uma verba prevista como despesa em orçamentos públicos e destinada a fins específicos. Sua existência é obrigatória para que haja pagamento de qualquer despesa pública.

Dow Jones

Média Industrial Dow Jones. Média ponderada das 30 ações de primeira linha mais negociadas, principalmente do setor industrial, incluindo ainda a American Express Company e a American Telephone and Telegraph Company. O índice Dow Jones é o mais tradicional e o mais cotado entre todos os indicadores de mercado. Os componentes, que mudam periodicamente, representam entre 15% e 20% do valor de mercado das ações negociadas na Nyse, a Bolsa de Valores de Nova York.

(Veja Bolsa de Valores e Nyse)

Dumping

Venda de produtos a preços mais baixos que os custos, com a finalidade de eliminar a concorrência e conquistar fatias maiores de mercado, especialmente em exportações.