Patrícia de Souza Nazário

Patrícia de Souza Nazário
  • Ano de participação: 2019
  • Escola: Escola Estadual Tiradentes
  • Formação: Licenciatura Plena em Letras/Inglês e respectivas Literaturas
  • Estudante finalista: Caroline Silva Ribeiro
  • Redes Sociais:

Entrevista

Pergunta - Qual a sua experiência na área de educação? Há quantos anos leciona?

Resposta –  Comecei no Ensino Médio há cinco anos, em uma Escola no Distrito da minha cidade Macapá. Nesse início trabalhei com 8° e 9° anos,  era um público ideal para eu dar meus primeiros passos na Língua Portuguesa, pois os adolescentes são sedentos, cheio de vida e com gana de aprender. Ali começaram meus infinitos passos na Educação.  No ano seguinte, me destaquei pela minha didática de ensinar. Então, fui presenteada com o Ensino Médio e, levei um choque. Os  estudantes tinham um comportamento apático ou “bagunceiro”, mas o que mais me entristeceu foi que não sabiam ou tinham receio de registrar suas opiniões, oralmente e no próprio papel  na sala de aula da escola. Foi quando cheguei à conclusão de que a instituição escola e suas práticas acabam direcionando grande parte desse comportamento nos jovens e tanto eles quanto nós professores precisamos ter a ideia do pertencimento àquele espaço social. Com isso, escolhi pertencer e acreditar que eu seria a diferença na vida daqueles futuros jovens para sempre. Todo dia, acredito e renovo minhas energias, dando o melhor de mim, porque creio que a Educação transforma e realiza sonhos.

P - Como foi a sua experiência em participar do Projeto Jovem Senador?

R – De início foi mais uma aula rotineira de orientar, revisar, ajustar e alinhar a dissertação argumentativa. Mas, com revisões e revisões tinha que escolher o texto final entre os estudantes, o professor em seu ócio sempre percebe aqueles que são dedicados. A comissão formada por mais duas colegas do colegiado de Linguagens selecionaram os três melhores textos e desses escolhidos apenas um seria encaminhado. Chegou-se ao texto final e enviamos tudo isso em uma semana. Lembro-me da semana exaustiva. Enquanto Caroline passava para a folha oficial, pensamos na hipótese de ganhar pelo menos uma medalha por participação. Chegamos a pensar que não tínhamos sido selecionadas. Veio a maravilhosa notícia: finalista do Amapá.

P - Como trabalhou o tema na sala de aula?

R –  A divulgação foi feita entre os estudantes da 3ª série do Ensino médio. Durante as aulas eles assistiram aos vídeos animados do Orçamento Fácil, além de pesquisas de artigos em outros sites, a fim de entender o que era o Orçamento público, como funcionava e foi discutido em roda de conversa, a partir daí foi trabalhada a proposta do concurso.

P - O Projeto Jovem Senador contribuiu para a formação dos seus alunos?

R – Evidentemente que sim, pois muitos estudantes, assim como muitos adolescentes não sabem para que serve o orçamento e como é gerenciado e retorna à população.

P - Tem alguma sugestão para o projeto?

R – O projeto deve ser inserido no calendário escolar, por sua importância e pela ação protagonista que o mesmo exerce ao Jovem.

P - Como foi o trabalho na escola e a repercussão da classificação de seu aluno para o projeto?

R – Foi intenso por causa do tempo. O gestor reuniu todo colegiado e os estudantes para uma cerimônia de entrega de medalha e portaria de mérito a estudante. Ela também foi agraciada com um prêmio surpresa.

P - Participa ou já atuou em outros projetos voltados para a educação do jovem brasileiro?

R – Sim, como voluntária no Bandeirantes.

P - Com base em sua experiência de vida, deixe um conselho/dica para os seus alunos.

R – A chave de todo bom texto está na leitura. Ela encoraja as crianças, os jovens, tornando-os protagonistas de suas próprias histórias.