Com novidades no processo, comissão do Jovem Senador define vencedores

A comissão julgadora do Jovem Senador se reuniu nesta terça-feira (6) para definir os 27 estudantes do ensino médio que integrarão o programa em 2023. Este ano, os nomes selecionados serão mantidos em segredo até as escolas dos vencedores sejam notificadas e recebam uma caixa especial para uma cerimônia de revelação nas instituições.

Chefe do Serviço de Eventos Administrativos (Sevad) e coordenador do Jovem Senador (JS), Antônio Carlos Burity destaca que a seleção de 2023 sofreu mudança em relação às edições anteriores. Segundo ele, não mais são escolhidas as três melhores redações em âmbito nacional.

— Este ano, porém, suprimimos essa classificação pois todos os 27 são vencedores. A escolha do tema também foi inovadora, pois chamamos ex-participantes e fizemos uma dinâmica para determinar um assunto interessante. Foi uma construção coletiva, que é uma tendência em todas as áreas do conhecimento — explica.

O tema em questão foi "saúde mental nas escolas públicas". Diferentemente dos outros anos, quando a Secretaria de Comunicação (Secom) e a Secretaria de Relações Públicas e Comunicação Organizacional (SRPCO) escolhiam um assunto, desta vez os participantes da edição 2022 foram chamados para uma videoconferência a fim de chegar a uma temática.

A comissão

Formada por nove integrantes, a comissão julgadora do JS é composta por voluntários indicados pela Secom, Conselho Legislativo (Conleg), Secretaria-Geral da Mesa (SGM) e pelo ILB. Eles receberam 81 redações para avaliar, três de cada estado, e são os responsáveis por definir os 27 vencedores.

Em seu quinto ano como julgadora, Fernanda Damiani Costa, do Núcleo de Redação Legislativa (Nrele), elogia o crescimento do JS junto à sociedade. Para ela, os efeitos positivos do projeto estão cada dia mais aparentes.

— Hoje em dia há mais engajamento da sociedade e vejo mais divulgação do programa em cada estado. As redes sociais ajudam muito a atingir os estudantes. Acompanhamos alguns dos participantes e vemos que alguns até ingressam na política depois. O objetivo do JS é justamente esse, de engajar os jovens no cenário político — opina.

José Dantas Filho, assessor legislativo do Núcleo de Discursos (Ndisc), está em seu primeiro ano na comissão, mas já havia feito parte do Jovem Senador como palestrante. Segundo ele, estar por trás da seleção fez ele ter contato mais direto com a capacidade intelectual dos alunos.

— É bom saber como pensa a juventude. Com o tema de saúde mental eles têm uma linha clara do que querem apontar. Senti, principalmente, o tema de abandono das autoridades. Nas redações, há queixas da ausência do Estado e, às vezes, dos professores — revela.

Para ele, o programa é uma oportunidade de os educadores da rede pública também entrarem em contato com a realidade do Poder Legislativo. O servidor acredita que essa conexão é o caminho para a formação de jovens mais antenados quanto à própria cidadania e direitos políticos.

IMPRIMIR | E-MAIL Compartilhar: Facebook | Twitter | Google+ | Pinterest