Originado do Jovem Senador, projeto para monitoria no ensino médio vai à Câmara

Agência Senado

As atividades de monitoria no ensino médio deverão ser reguladas por normas dos sistemas de ensino, dispõe projeto de lei do Senado aprovado em votação simbólica nesta terça-feira (8) no Plenário. O PLS 170/2018, que deriva de sugestão legislativa originada no Programa Jovem Senador de 2017, segue para análise da Câmara dos Deputados.

A monitoria é a atividade em que um estudante selecionado auxilia os professores no atendimento e acompanhamento escolar dos demais alunos matriculados. Para o senador Paulo Paim (PT-RS), relator do texto na Comissão de Educação (CE), é necessário buscar formas razoáveis de reconhecimento dos alunos que se disponham a exercer a atividade de monitoria.

“Os estudantes, de modo geral, possuem aptidões diferenciadas e ritmos próprios de aprendizagem. Assim, parece-nos sadio que aqueles de melhor rendimento possam cooperar com os professores no ensino aos que precisam de reforço escolar e em outras atividades de suporte à docência”, afirma Paim no relatório. A proposta foi aprovada em Plenário na forma do parecer aprovado na CE, atuando o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) como relator ad hoc.

Inicialmente a sugestão dos alunos participantes do Jovem Senador (SUG 64/2017) estabelecia critérios de seleção de monitores, atividades pertinentes ao cargo, carga horária e salário mínimo dos profissionais. Durante a análise na Comissão de Direitos Humanos, porém, o texto foi simplificado, passando a estabelecer que caberá aos sistemas municipais, estaduais e federal de ensino a competência para definir as regras da atividade.

Na época, a comissão identificou impedimentos legais para a aprovação de algumas alterações propostas pelos alunos, que seriam aplicadas à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394, de 1996). A referência ao salário mínimo, por exemplo, foi classificada como inconstitucional, pois a Carta de 1988 veda sua vinculação para qualquer fim.

Jovem Senador

O Programa Jovem Senador seleciona anualmente, por meio de um concurso de redação, estudantes do ensino médio de escolas públicas estaduais para vivenciarem o trabalho dos senadores em Brasília. Ao final de cada edição, os "jovens senadores" apresentam sugestões de lei que, caso aprovadas na Comissão de Direitos Humanos (CDH), passam a tramitar como projetos de lei, como foi o caso do PLS 170/2018.


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