“Senadora” de 17 anos propõe mais aulas de redação

Tribunaonline

Determinada nos estudos, uma estudante do ensino médio público terá uma tarefa diferente no final de junho.

Helen Pansini Pellacani, de 17 anos, mora em Santa Teresa e foi escolhida para ser uma jovem parlamentar e atuar durante cinco dias no Senado Federal, representando o Espírito Santo no programa Jovem Senador.

Aluna do terceiro ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) José Pinto Coelho, Helen fez uma redação em que pedia mudanças no currículo escolar e aulas interativas, inclusive com mais redações como esta. Ela foi orientada pela professora de Português Elisa Alves.

A estudante conta que está com grande expectativa para vivenciar os dias como “jovem senadora”.

“Estou muito ansiosa para conhecer Brasília e um pouco da política do nosso País. Vou passar uma semana como se realmente estivesse trabalhando como uma senadora, entendendo como é o Senado e o trabalho dos senadores”, disse.

A jovem revela que passou a acompanhar mais as notícias de política após fazer a redação e pede maior protagonismo dos jovens no cenário político desde a escola. “A nossa mentalidade pode ajudar, porque nós somos o futuro do Brasil. Mas para isso precisamos, de fato, participar. O jovem precisa de se impor para ter um posicionamento”, afirma. 

De acordo com Helen, ela nunca cogitou seguir carreira política. “Penso em seguir na área da saúde, ainda sem algo determinado. Mas nunca tinha imaginado vivenciar a política nessa amplitude. Após fazer a redação, duvidava que iria. Estou acompanhando mais sobre política, até por conta das eleições deste ano”.

O programa Jovem Senador selecionou redações de 27 alunos, sendo uma de cada estado e do Distrito Federal. Segundo o regulamento disponível no portal do Senado Federal, puderam participar estudantes de todas as escolas públicas do Brasil, que se inscreveram junto a um professor da escola em que estão matriculados.

A Semana de Vivência Legislativa vai acontecer entre 26 de junho e 1º de julho. Neste ano, as redações tiveram como tema “200 anos de Independência: Lições da história para a construção do amanhã”.

Ao jornal A Tribuna, ela contou um pouco sobre o que poderia ser feito em algumas áreas para melhorar o País.

O que ela diz

Educação

“Penso, no âmbito da educação, que nós jovens poderíamos aprender mais sobre a história do nosso País. Se fosse para fazer um projeto, seria ampliar a grade curricular para que nossa política e história fossem mais aprofundadas, estudando, por exemplo, a Constituição Federal. A gente não tem o costume, infelizmente, de aprender sobre a história do Brasil”.

Qualidade do ensino público

“Falta incentivo aos jovens para que se aprofundem nos estudos. Algumas formas de ensino acabam afastando os alunos dos conteúdos. Faria algo para incentivar mais os alunos a buscarem o ensino, com aulas diferenciadas e interativas, e ir atrás dos professores, não o contrário”.

Saúde

“Infelizmente, um dos problemas na saúde é os desvios de recursos. Até temos bons profissionais, mas faltam incentivos. Eu aumentaria a fiscalização dos recursos da saúde, e para onde realmente estão sendo destinados”.

Segurança

“Vejo muitos jovens perdidos, que acabam indo para o caminho errado. Na área da segurança, faria proposta para trazer esses jovens de volta a sociedade. Faltam políticas públicas para colocar os jovens como protagonistas e esse seria meu foco. A segurança é o bem da população”.

Meio ambiente

“Faltam políticas para o bem dos animais, que várias vezes são vistos como objetos e mercadorias. As pessoas e alguns políticos negligenciam esse fato. Focaria em melhorias para a segurança dos animais e preservação do ambiente onde vivem”.


IMPRIMIR | E-MAIL