Racismo arraigado é denunciado em audiência da subcomissão do Trabalho

Agência Senado

No Dia da Consciência Negra, as lutas deste segmento da população por melhores condições de trabalho  e pelo combate ao racismo na sociedade brasileira foram destacadas na subcomissão do Estatuto do Trabalho.

A reunião foi conduzida pelo vice-presidente do colegiado, Paulo Paim (PT-RS), que na abertura criticou o jornalista William Waack por comentários racistas feitos por ele que acabaram vazando pelas redes sociais. Num vídeo gravado enquanto se preparava para uma entrevista em Washington (EUA), o jornalista se refere depreciativamente a um motorista que buzinava nas redondezas como "coisa de preto", entre outros comentários preconceituosos.

— Não tem como um colegiado ligado à Comissão de Direitos Humanos (CDH) não se manifestar sobre isto. Infelizmente no Brasil realmente é coisa de preto ter sido escravizado durante quase 400 anos, ganhar metade do que recebem outros pela realização do mesmo trabalho e ter sido deliberadamente negligenciado pelas políticas públicas por décadas após a Abolição — criticou o senador.

Fazendo uma alusão a seu trabalho na Casa, Paim também disse que "é orgulhosamente coisa de preto" a política de valorização do salário mínimo, os Estatutos da Pessoa com Deficiência (lei 13.146), do Idoso (lei 10.741) e da Igualdade Racial (lei 12.288), além das lutas contra as reformas da Previdência e trabalhista.


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