Senadores pedem providências e repudiam violência e vandalismo em Brasília

Da Agência Senado | 08/01/2023, 16h47 - ATUALIZADO EM 08/01/2023, 18h35

Senadores de diferentes partidos condenaram a invasão da Praça dos Três Poderes por vândalos, na tarde deste domingo (8). Diversos parlamentares solicitaram que as forças de segurança intervenham para dispersar o grupo de baderneiros que ocupou o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Escolhido para liderar o governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que ele e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, estariam "agora representando ao procurador-geral da República para que seja decretada intervenção na segurança pública do Distrito Federal".

Randolfe anunciou ainda estar protocolando ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, pedidos de "prorrogação do inquérito dos atos antidemocráticos a partir dos acontecimentos de hoje e impedimento de posse e, em caso de posse, afastamento de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, na Secretaria de Justiça do Distrito Federal".

Na base do governo, vários senadores condenaram o caráter antidemocrático das manifestações e a destruição de patrimônio público. Alguns criticaram o governo do Distrito Federal por considerarem insuficiente a atuação da Polícia Militar.

Humberto Costa (PT-DF): "O governo do Distrito Federal, mais do que irresponsável, foi conivente com os atos terroristas a que estamos assistindo. Os criminosos contaram com o apoio das forças de segurança para praticar a barbárie em curso."

Eliziane Gama (Cidadania-MA): "Diante da violência vista hoje em Brasília , é preciso a imediata convocação da Comissão Representativa do Congresso Nacional. É hora de discutir uma intervenção federal no Distrito Federal diante da irresponsabilidade das autoridades que permitiram o acesso desses extremistas à Esplanada".

Rogério Carvalho (PT-SE): "Repudio, com a máxima energia, os atos de vandalismo que acontecem neste momento nos prédios do Congresso Nacional, e imediações. O Brasil assiste estarrecido a um severo ataque contra nossa democracia, que não pode passar impune."

Marcelo Castro (MDB-PI): "Inaceitável! O presidente da República e os representantes do Parlamento foram eleitos democraticamente. Atos criminosos contra a democracia e a depredação do patrimônio público precisam ser combatidos e os culpados devem ser punidos com o rigor da lei, de forma célere."

Renan Calheiros (MDB-AL): "Baderneiros depredaram o patrimônio. Crimes reincidentes, anunciados como o vandalismo na sede da Polícia Federal e o terrorismo no aeroporto. O chefe da Segurança do governo do Distrito Federal e a leniência local do governo exigem uma intervenção federal imediata Os golpistas não passarão e a ordem prevalecerá."

Paulo Paim (PT-RS): "Catastrófica a invasão do Congresso e do STF por radicais golpistas da direita. Um ataque à democracia e às instituições públicas. Eles não aceitam o resultado das urnas e pregam golpe de Estado. A polícia precisa agir."

Weverton (PDT-MA): "A invasão do Congresso Nacional não é manifestação política, é atentado contra a democracia.
Passou da hora de identificar os cabeças e financiadores e puni-los por vandalismo e atos antidemocráticos."

Omar Aziz (PSD-AM): "Tristes cenas da falta de respeito à democracia ocorrem agora em Brasília. Radicais estão depredando o patrimônio público, invadindo o Congresso e pedindo golpe. Esses atos resultados da imprudência de um líder sem responsabilidade e sem integridade. E que contam com o financiamento e incentivo de parlamentares e autoridades. Essas ações são lamentáveis. Mas não vão nos intimidar. O povo escolheu e quer paz. Estaremos firmes na luta pela democracia e por um Brasil melhor."

Leila Barros (PDT-DF): "O Brasil não pode se curvar diante de criminosos que não aceitam a vontade da maioria e querem impor sua vontade pelo uso da força. Os atos são graves e merecem uma punição severa e exemplar."

Jader Barbalho (MDB-PA): "Repudio veementemente os atos de vandalismo e terrorismo em Brasília, com invasão e depredação dos prédios públicos. Tem que haver a dura aplicação da lei, inclusive naqueles que são coniventes com essa situação."

Fabiano Contarato (PT-ES): "A seita bolsonarista ultrapassou todos os limites! Ao furarem o bloqueio policial e invadirem o Congresso Nacional e o STF manifestando seu intento golpista, eles demonstram o quão grave é o movimento antidemocrático alimentado por Bolsonaro.Não basta apenas exonerar o bolsonarista que insistiu em colocar na Secretaria de Segurança do Distrito Federal, Ibaneis [Rocha] tem que assumir que prevaricou e precisa ser responsabilizado!"

Eduardo Braga (MDB-AM): "Total repúdio aos atos golpistas em Brasília! Não há lugar para vandalismo na democracia. Sem falar q violência gera violência e que o Brasil e os brasileiros são os grandes prejudicados pela irresponsabilidade extremista. A punição tem que ser rigorosa. Chega de ódio e radicalismo!"

Jean Paul Prates (PT-RN): "Presidente Lula mandando o papo reto necessário: intervenção no governo do Distrito Federal, que passou pano para baderneiros; investigação cabal das fontes financeiras e comandos remotos, e punição exemplar dos vândalos e de seus mentores e mobilizadores."

Jaques Wagner (PT-BA): "Que as autoridades atuem para identificar e punir os fanáticos envolvidos neste capítulo criminoso da nossa história. O que estamos vendo hoje são atos graves, de vandalismo, terrorismo e barbárie. A violência contra o Congresso, o Palácio do Planalto e o STF, invadidos e depredados na tarde de hoje, não podem passar impunes. Precisamos de medidas duras e imediatas."

Paulo Rocha (PT-PA): "O presidente Lula garante que terroristas não sairão impunes."

Kátia Abreu (PP-TO): "Parabéns, Lula, por ser diligente diante dessa pouca vergonha. Fez intervenção no Distrito Federal. Tem que prender os cem ônibus. Através deles identificaremos os financiadores e organizadores da ação terrorista."

Davi Alcolumbre (União-AP): "São inaceitáveis os atos antidemocráticos que ocorrem na tarde deste domingo (8), na sede dos três poderes em Brasília. Ações criminosas que devem sofrer o rigor da lei e merecem o repúdio e a desaprovação de todos os líderes com espírito público e responsabilidade. A democracia, como nosso maior patrimônio, deve ser respeitada e protegida."

Telmário Mota (Pros-RR): "A invasão do Congresso! Gente, ninguém aqui é criança, essas pessoas estão sendo induzidas e monitoradas por algum sistema de inteligência. As forças policiais federais, civis, militares e inclusive o exército, estão fazendo corpo mole. Estamos a um passo para um Estado de desobediência civil e baderna generalizada. É preciso uma resposta conjunta e urgente dos três poderes."

Outros senadores, que não fazem parte da base do governo, também pediram providências.

Izalci Lucas (PSDB-DF): "A intervenção é muito ruim para o Distrito Federal. Demonstra incapacidade do governador de governar nossa capital. Se por um lado faltou articulação política, por outro presenciamos excesso de arrogância e prepotência."

Alessandro Vieira (PSDB-SE): "É urgente a responsabilização do governador do Distrito Federal e dos comandantes do policiamento que falharam gravemente, para dizer o mínimo, na proteção do Congresso Nacional. Ausência total de organização, trabalho de inteligência e compromisso com a democracia."

Alvaro Dias (Podemos-PR): "Quebraram os vidros do Congresso. Essa é a 'manifestação pacífica e ordeira' de que falavam?"

Daniella Ribeiro (PSD-PB): "Invadir o Congresso Nacional não é manifestação política. O dia de hoje é um retrocesso para a nossa democracia. Repudio veementemente esses atos e espero que o rigor da lei atue sobre os envolvidos."

Soraya Thronicke (União-MS): "Minha assessoria já entrou em campo para escrever o pedido de abertura de CPI dos Atos Antidemocráticos. A democracia aceita tudo, menos que acabem com ela."

Flavio Arns (Podemos-PR): "Repudio, com a máxima energia, os atos de vandalismo que acontecem neste momento nos prédios do Congresso Nacional, e imediações. O Brasil assiste estarrecido a um severo ataque contra nossa democracia, que não pode passar impune."

Angelo Coronel (PSD-BA): "Ameaça é a porta de entrada para o confronto. As torcidas ainda estão em efervescência. O ministro da Justiça [Flavio Dino] deve ter como premissas a manha nordestina e o diálogo pois o acirramento está patente. Fica o conselho... democracia forte sempre."

Oriovisto Guimarães (Podemos-PR): "Como líder do Podemos, repudio, em nome do partido, a violência e a baderna dos atos golpistas nas sedes dos três poderes em Brasília. O patrimônio público pertence a todos os brasileiros e não pode ser desrespeitado e dilapidado, em hipótese alguma, pelos que não concordam com o resultado das urnas."

Lucas Barreto (PSD-AP): "A violência é inadmissível e nenhum ato de afronta aos poderes e instituições e de ataque à democracia pode ser tolerado. Diferenças ideológicas não podem justificar a agressividade e o vandalismo que estamos vendo."

José Serra (PSDB-SP): "Repudio com veemência os atos terroristas que ocorrem em Brasília com a invasão e a depredação das sedes dos poderes da República. Uma clara afronta à democracia e ao estado de Direito. O rigor da lei aos participantes, financiadores dos atos e a qualquer possível leniência dos agentes públicos."

Jorge Kajuru (Podemos-GO): "A democracia é inegociável! A invasão dos três poderes, em Brasília, é uma agressão ao Estado de Direito! Participantes e mandantes dos atos de vandalismo têm de ser punidos, exemplarmente! Golpe de Estado é inadmissível! Como senador eleito pelo voto direto, não posso aceitar tamanho desrespeito ao resultado de uma eleição!"

Nelsinho Trad (PSD-MS): "Repudio os ataques feitos, hoje, aos Três Poderes. Isso não é democracia. Independente de posicionamento político, são inadmissíveis as cenas a que assistimos em Brasília. Atos que extrapolam a razoabilidade."

Mara Gabrilli (PSDB-SP): "É inaceitável! Repudio veementemente os atos de vandalismo que tem como palco a sede dos Três Poderes. Nossa democracia é forte e prevalecerá."

Giordano (MDB-SP): "Neste domingo, terroristas invadiram o edifício do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto.O senador Giordano repudia com veemência os atos. O nosso país construiu uma democracia sólida e forte ao longo dos anos com diálogo e respeito. Nenhuma forma de violência vale a pena."

Rodrigo Cunha (União-AL): "Apesar de o STF ter permitido que um investigado por corrupção com várias provas cabais de ter roubado R$ 54 milhões do povo alagoano, assumisse o Governo de Alagoas, jamais serei favorável a atos violentos como estes que estamos assistindo em Brasília no dia de hoje. A violência jamais será a resposta. Preservar a democracia e suas instituições sempre deve ser a nossa luta maior."

Chico Rodrigues (União-RR): "É inadmissível a invasão aos três poderes da República. O que vimos hoje foi um crime grave contra a democracia."

Luiz do Carmo (PSC-GO): "Defendo e sempre defendi a democracia. A democracia plena não será alcançada cometendo invasões.
Sou terminantemente contra os atos de vandalismo em Brasília. Espero que volte à normalidade."

Senadores que se definem como de oposição ao governo federal também lamentaram a violência e afirmaram que ela é prejudicial ao debate democrático.

Marcos do Val (Podemos-ES): "Como parlamentar da direita, que repudio veemente estes atos violentos, de vandalismo e de terrorismo contra os três poderes. A direita só perde com essas ações irresponsáveis e inconsequentes. Perde a direita, perde o povo, perde o Brasil."

Carlos Portinho (PL-RJ): "Nenhuma violência é tolerável. Nenhuma manifestação violenta é democrática. Mas assim às vezes a sociedade se manifesta. Infelizmente. E não somente no nosso país. É preciso gestos que apaziguem. Governo e Judiciário. Violência e intimidação nos tornam menos democráticos."

Ciro Nogueira (PP-PI): "Peço a todos equilíbrio e sensatez. A democracia se fortalece no contraditório e no respeito às diferenças."

Eduardo Girão (Podemos-CE): "Um erro não justifica o outro! A insatisfação de brasileiros com TSE-STF sobre abusos à nossa Constituição, mais [o] início calamitoso do governo Lula, é legítima, via manifestações ordeiras e pacíficas. Nunca violentas! Senado, ainda omisso, tem o dever de agir para voltarmos a ter democracia. Paz & Bem"

Romário (PL-RJ): "O desrespeito às instituições, materializado com essa invasão ao Congresso, ao Planalto e ao Supremo, representa um grave ataque à democracia, que não pode ser tolerado. Meu repúdio aos atos, que os responsáveis e envolvidos sejam identificados e punidos."

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)