Notificação da vítima deve ser obrigatória antes da soltura do agressor — Rádio Senado
Projeto de Lei

Notificação da vítima deve ser obrigatória antes da soltura do agressor

Seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça o projeto de lei (PL 2206/2022), que torna a notificação da vítima de violência doméstica uma condição para a soltura do agressor. Com origem na Câmara dos Deputados, a proposta contou com o voto favorável da relatora senadora Ivete da Silveira (MDB-SC) na Comissão de Direitos Humanos, onde foi aprovada na última quarta-feira (20).

22/08/2025, 15h05 - atualizado em 22/08/2025, 15h15
Duração de áudio: 01:47
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
O PROJETO QUE APRIMORA A PROTEÇÃO DAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA POR MEIO DE NOTIFICAÇÕES SOBRE A SOLTURA DO AGRESSOR FOI APROVADO NO SENADO. A NOVA REDAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA PRIORIZA A SEGURANÇA DA VÍTIMA. REPÓRTER MARINA DANTAS: A Comissão de Direitos Humanos aprovou o projeto de lei que aprimora a proteção das vítimas de violência doméstica com a notificação pessoal e prioritária sobre mudanças processuais referentes ao agressor.  Na atual legislação, a vítima deve ser notificada de atos como a prisão e soltura do réu. Já com o novo texto, a notificação da vítima passa a ser uma condição para a soltura do criminoso. Assim, a notificação se torna a principal prioridade, vindo antes mesmo do comunicado ao seu representante legal. O texto explica ainda que essa prioridade só muda se o oficial de justiça certificar a impossibilidade de notificar a vítima. Nesses casos, a notificação é feita diretamente ao advogado ou defensor público.  O projeto, de autoria da Câmara dos Deputados, contou com o voto favorável da relatora senadora Ivete da Silveira, do MDB de Santa Catarina. Ela destacou a importância de dar mais proteção à mulher, e garantir que ela seja notificada com prioridade sobre a movimentação de seu agressor. (senadora Ivete da Silveira): "Hoje, a mencionada lei já prevê a notificação, mas não estipula a maneira como será feita. A proposição tem, portanto, o objetivo de garantir que a vida da mulher não esteja em risco por alguma falta de comunicação entre as instâncias judiciais encarregadas do processo e a ofendida, ou seus representantes, garantindo que ela terá ciência a respeito das mudanças processuais." O projeto que aprimora a proteção das vítimas de violência doméstica passa para análise da Comissão de Constituição e Justiça. Sob supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Marina Dantas.

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