Senadoras comemoram paridade nas indicações de autoridades

Transcrição
SENADORES DESTACARAM A PARIDADE ENTRE MULHERES E HOMENS NAS INDICAÇÕES DO EXECUTIVO PARA TRIBUNAIS SUPERIORES, CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO E ANCINE. ESSA REIVINDICAÇÃO DA BANCADA FEMININA QUER TORNAR REGRA ESSA EQUIDADE NAS CÚPULAS JUDICIAIS E NO PARLAMENTO. REPÓRTER MARCELA DINIZ. A maior presença de mulheres entre os indicados pelo Executivo para exercer cargos em tribunais superiores, Conselhos Nacionais de Justiça e do Ministério Público, embaixadas e agências reguladoras é uma demanda da Bancada Feminina no Senado já faz alguns anos. Em 2020, a senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, criticou o fato de haver apenas duas mulheres em trinta e duas indicações para representações do Brasil no exterior. (senadora Leila Barros - setembro de 2020) "Pelo que pude apurar, os postos mais importantes parecem ser privativos aos embaixadores." Em 2023, houve, pela primeira vez, a indicação de uma mulher - Maria Luiza Viotti - para a embaixada brasileira em Washington. A relatora da indicação, senadora Mara Gabrilli, do PSD de São Paulo, comemorou o avanço, mas alertou que, nos números gerais, a situação continuava quase na mesma. (senadora Mara Gabrilli - maio 2023) "Dos 34 nomes apresentados pela atual gestão, temos apenas 4 mulheres indicadas para postos no exterior. Isso representa 11% de indicações femininas." Nesta semana, as comissões e o Plenário do Senado iniciaram o esforço concentrado para mais uma rodada de sabatinas e votação de autoridades. A senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, comemorou o fato de haver, enfim, paridade nas indicações do Executivo. (senadora Damares Alves) "Eu quero celebrar uma lista com 22 autoridades, 11 são mulheres. Isso aqui é, para nós, um dia de alegria, de vitória, isso aqui é a paridade de verdade, isso aqui é igualdade. Parabéns às candidatas, a bancada feminina quer celebrar com vocês esse dia." A senadora Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso do Sul, defendeu a importância da paridade nas indicações em um contexto político que obriga as mulheres a batalharem "diuturnamente para serem respeitadas nos seus espaços de poder". E citou como retrocesso a postagem do secretário de defesa norte-americano, Pete Hegseth, em apoio à opinião de que mulheres não deveriam votar. (senadora Soraya Thronicke) "Nós tivemos a triste notícia de que o secretário de defesa de Trump publicou o vídeo que defende fim do voto de mulheres nos Estados Unidos. Isso é algo execrável e, a data de hoje, com todas as indicações, com uma paridade que é a paridade que desejamos, e eu parabenizo por isso, presidente Lula, eu tenho certeza que aqui nós precisamos ser absolutamente justos." No Senado, propostas buscam transformar a paridade em regra no Judiciário e no Legislativo. Em 2022, Soraya Thronicke apresentou um projeto que fixa esse critério para a elaboração das listas de advogados voltadas ao preenchimento de cargos em tribunais. O texto está na Comissão de Direitos Humanos. Na Comissão de Constituição e Justiça está parada desde 2019 uma iniciativa do senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, que garante a paridade nas candidaturas para Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa do Distrito Federal, assembleias legislativas e câmaras municipais. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.