Senadores discutem impacto dos programas sociais no mercado de trabalho — Rádio Senado
Projeto de Lei

Senadores discutem impacto dos programas sociais no mercado de trabalho

Os senadores discutiram o impacto dos programas sociais no mercado de trabalho. Rogério Marinho (PL-RN) afirmou que os benefícios geram distorções no mercado de trabalho. Já Humberto Costa (PT-PE) rebateu o preconceito contra os mais pobres e lembrou que mais da metade das novas vagas formais em fevereiro foram preenchidas por beneficiários do Cadastro Único. Um projeto em análise na CCJ (PL 3739/2024) do senador Cleitinho (Republicanos -MG) poderá restringir o uso do benefício a despesas essenciais, como alimentação e saúde, proibindo a compra de bebidas alcoólicas.

15/05/2025, 13h59 - atualizado em 15/05/2025, 21h55
Duração de áudio: 02:03
Lula Marques/Agência Brasil

Transcrição
O IMPACTO DOS PROGRAMAS SOCIAIS NO MERCADO DE TRABALHO FOI TEMA NO SENADO. ENQUANTO PARLAMENTARES DEFENDEM A EFICIÊNCIA DOS PROGRAMAS, COMO O BOLSA FAMÍLIA, OUTROS ALEGAM QUE ESSES BENEFÍCIOS DESESTIMULAM A BUSCA POR EMPREGO. REPÓRTER HENRIQUE NASCIMENTO. O uso dos recursos do Bolsa Família e os efeitos dos programas de transferência de renda na geração de empregos dividiram opiniões no Senado. Enquanto parte dos parlamentares defende mais controle sobre os gastos dos beneficiários, outros alertam para o preconceito contra a população de baixa renda. Na Comissão de Assuntos Sociais, o senador Rogério Marinho, do PL do Rio Grande do Norte,  ponderou que os programas sociais desestímulam os beneficiários a procurarem emprego. “Nós somos um país que tem uma deformação clara. Qual é o número de desalentados que existem no Brasil, que sequer procuram emprego, mas deveriam estar na PEA e que estão sendo contemplados por programas sociais? Se você pegar outro país e comparar conosco, com o Brasil nas mesmas condições, você vai ver que há uma distorção evidente no nosso mercado de trabalho.” Ao rebater as críticas, o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, afirmou que os programas de transferência de renda têm colaborado diretamente para a geração de empregos e a redução da fome no país. “Essa é uma escandalosa mentira por parte dos que não aceitam que uma rede de proteção social sustenha e ampare os mais vulneráveis, çõíê para que, eles possam caminhar em busca de um trabalho ç Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) ilustram isso muito bem. Somente em fevereiro passado, das quase 432 mil novas vagas de emprego, 253 mil foram preenchidas pelos beneficiários do Cadastro Único.” A Comissão de Constituição e Justiça poderá votar um projeto do senador Cleitinho, do Republicanos de Minas Gerais, que permite o uso do Bolsa Família apenas para despesas de alimentação, saúde, vestuário e serviços essenciais. A proposta proíbe, por exemplo, a compra de bebidas alcoólicas, cigarros e apostas eletrônicas com o benefício. Com supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Henrique Nascimento. 

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