Crimes cometidos em escolas terão pena mais alta
A Comissão de Segurança Pública aprovou o projeto de lei (PL 2036/23), que cria a Política de Segurança Escolar. A matéria altera o Código Penal de 1940 para agravar as penas dos crimes de homicídio, roubo e importunação sexual cometidos dentro do ambiente escolar. Além da mudança na legislação penal, a matéria obriga as escolas públicas e privadas a implantarem mecanismos de segurança como canais de denúncia e alarmes de segurança.

Transcrição
COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA APROVOU NESTA TERÇA-FEIRA A POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ESCOLAR. PROJETO AUMENTA AS PENALIDADES PARA CRIMES COMETIDOS DENTRO DE ESCOLAS. REPÓRTER MARIA BEATRIZ GIUSTI.
A Comissão de Segurança Pública aprovou o projeto de lei que cria a Política de Segurança Escolar. O texto altera o Código Penal de 1940 para agravar as penas dos crimes de homicídio, roubo e importunação sexual cometidos dentro do ambiente escolar.
Assasinato em escolas deixa de ser homicídio simples para ser homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão. Para roubos cometidos dentro dessas instituições, a pena pode chegar a 15 anos de reclusão. Em casos de importunação sexual, o crime terá uma pena de dois a seis anos.
O projeto, de autoria do senador Alan Rick, do União do Acre, já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, que acrescentou uma mudança para estender o alcance da proposta às escolas de ensino infantil ao ensino médio.
Já o relator na Comissão de Segurança Pública, senador Sérgio Moro, do União do Paraná, ainda adicionou ao texto a punição para o crime de massacre, que se torna hediondo, com prisão de 20 a 40 anos, que pode ser multiplicada pelo número de vítimas. Incitação e tentativa de massacre também foram incluídos no texto.
Segundo o senador Sérgio Moro, o projeto é uma mudança importante para a segurança dos estudantes.
foi aproveitado o projeto para inserir dispositivos no código penal que tornam mais grave a prática de violência ou de crimes dentro do ambiente escolar ou contra alunos e professores. Entre eles, colocamos lá um novo tipo penal que chamamos de massacre, exatamente para evitar esses episódios que nos assombraram nos últimos anos de pessoas invadindo ambiente escolar e realizando ali uma matança indiscriminada de professores e de alunos.
Então, é um projeto importante que avança essa pauta para nós termos escolas mais seguro
O projeto também obriga escolas públicas e privadas a implantarem mecanismos de segurança como canais de denúncia, alarme, botão de pânico, controle de acesso com presença de pelo menos um vigilante em todos os turnos e desenvolvimento de projetos e ações que promovam a cultura da paz e o diálogo
O texto ainda passará pela Comissão de Educação antes de ir à Câmara dos Deputados. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, MAria Beatriz Giusti