CCJ aprova campanha de prevenção a engasgos — Rádio Senado
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CCJ aprova campanha de prevenção a engasgos

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a criação de campanha nacional permanente “Recrutando Anjos”. A proposta (PL 2275/2022), da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), tem o objetivo de promover a prevenção e fornecer informações sobre os primeiros socorros nos casos de engasgo em crianças. O relator, Otto Alencar (PSD-BA), destacou a importância de uma campanha educativa sobre o tema.

10/05/2023, 18h03 - ATUALIZADO EM 10/05/2023, 21h56
Duração de áudio: 01:56
Foto: Getty Images/iStockphoto

Transcrição
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA APROVOU A CRIAÇÃO DE CAMPANHA NACIONAL PERMANENTE “RECRUTANDO ANJOS”. A CAMPANHA PRETENDE PROMOVER A PREVENÇÃO E FORNECER INFORMAÇÕES SOBRE OS PRIMEIROS SOCORROS NOS CASOS DE ENGASGO EM CRIANÇAS. REPORTAGEM DE BRUNO LOURENÇO. O projeto da senadora Margareth Buzetti, do PSD de Mato Grosso, autoriza a criação da Campanha Nacional Permanente “Recrutando Anjos”.  A senadora explica que o objetivo é capacitar profissionais e divulgar medidas de prevenção e de primeiros socorros para os casos de obstrução de vias aéreas por corpo estranho em crianças, o popular engasgo. Eu sou uma pessoa que teve um câncer muitos anos atrás, um câncer de tireoide em estado muito avançado, e fiquei com algumas sequelas e tenho estreitamento, fechamento de glote. Então, eu sei o que é você ficar com as vias aéreas obstruídas. E perdi dois filhos de amigas minhas, com nem um ano de idade.  O senador e médico Otto Alencar, do PSD da Bahia, foi outro a destacar a importância de campanhas educativas e da difusão dos primeiros socorros adequados. Uma criança pode ter obstrução das vias superiores brincando com uma moeda, com um brinquedo ou até com alimento, e uma obstrução das vias aéreas superiores pode causar uma depressão respiratória, e, consequentemente, o não atendimento imediato pode criar grande dificuldade. Depois da depressão respiratória ou parada respiratória, vem a parada cardíaca, com óbito da criança. Estudo de 2021 publicado na Revista Pediátrica da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, mostrou que, entre 2009 e 2019, foram notificadas 2.148  mortes por engasgo em crianças de zero a nove anos de idade no país.  O maior número dos engasgos ocorreu no próprio domicílio da criança, quase 36%, e a principal causa foi a ingestão de alimentos, 84,6%. O projeto segue agora para análise da Comissão de Assuntos Sociais. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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