Comissão de Educação volta a debater violência nas escolas
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte realizou a segunda audiência pública para discutir a segurança nas instituições de ensino. Ao final do ciclo de debates - estão previstas três reuniões - um relatório vai reunir sugestões para integrar o projeto de lei com diretrizes para assegurar a segurança mental e física no ambiente escolar.
Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO VOLTOU A SE REUNIR EM AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS.
FOI A SEGUNDA REUNIÃO DE UM CICLO DE DEBATES DIVIDIDO EM TRÊS PARTES. REPÓRTER GABRIELA PEREIRA.
A Comissão de Educação debateu em audiência pública a violência nas instituições de ensino. Foi o segundo encontro da comissão para debater o assunto. Ao final do ciclo de debates, um relatório vai reunir sugestões para integrar o projeto de lei que prevê diretrizes para assegurar a segurança mental e física no ambiente escolar, apresentado pelo senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso. O pedido para a realização das três audiências foi apresentado pelo presidente da Comissão de Educação, senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, e pela senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco.
A vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários da Educação, Raquel Teixeira, destacou o papel das redes sociais nas tragédias que aconteceram recentemente nas instituições de ensino.
Uma transição muito impactante também, que é a revolução tecnológica. A internet modificou a nossa forma de estar no mundo e isso também tem muito a ver, está profundamente ligado ao que nós estamos vivendo hoje, porque mais do que qualquer coisa, a gente está vivendo o cyberbullying. A gente está vivendo as ameaças que acontecem pela internet, que acontecem pelas redes sociais.
A Chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério dos Direitos Humanos, Anna Karla da Silva Pereira, também destacou o papel da internet no aumento da violência.
As plataformas precisam, de fato, de acompanhamento, precisam de relatório, precisam entregar o estado brasileiro, o que tem acontecido ali, atrás dos seus números, para que a gente consiga construir política pública de qualidade. É falar sobre o discurso de ódio no Brasil. É dizer também sobre o ataque físico que isso provoca, né? Que começa nessa plataforma, começa nessas redes.
A senadora Teresa Leitão afirmou que o combate a violência deve partir de uma ação conjunta com a participação da sociedade e de todo o poder público.
Ficou bem claro essa tônica da intersetorialidade, da articulação, da ação interministerial. Isso é um desafio, é um desafio grande, porque os ministérios têm a sua finalidade, mas essa finalidade específica, né? Não omite ou não é possível a gente fazê-la esquecendo também, dessa parte de relações interministeriais.
Os participantes também debateram a possibilidade de responsabilizar as redes sociais pela disseminação de violência, o papel da escola e do ambiente de ensino na cultura de paz e as principais formas de evitar a violência na sociedade brasileira como um todo. Além da Comissão de Educação, a Comissão de Segurança Pública, de Direitos Humanos, de Constituição e Justiça, e de Assuntos Sociais também estão discutindo a violência nas escolas. Sob a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Gabriela Pereira.