Senadores apostam em cooperação no Congresso. Lula vai priorizar preço de combustíveis e Bolsa Família — Rádio Senado
Posse Presidencial

Senadores apostam em cooperação no Congresso. Lula vai priorizar preço de combustíveis e Bolsa Família

A despeito de o PL ser a maior bancada no Congresso Nacional, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) avalia que o presidente Lula não terá dificuldades no Congresso Nacional após ter convidado diversos partidos para compor o governo. Soraya Thronicke (União-MS) anunciou que será independente apesar de o União Brasil integrar a administração petista. Os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Dario Berger (PSB-SC) ressaltaram a capacidade de Lula de reunificar o país e retomar o diálogo entre os Poderes. Zenaide Maia (Pros-RN) defendeu a conciliação das políticas econômica e social. Já o futuro líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a prioridade de Lula no início do ano legislativo será a votação de política de reajuste de preços dos combustíveis e do novo Bolsa Família.

01/01/2023, 20h06 - ATUALIZADO EM 01/01/2023, 20h07
Duração de áudio: 03:07
Foto: Ricardo Stuckert

Transcrição
SENADORES AVALIAM QUE O PRESIDENTE LULA NÃO ENCONTRARÁ UM CONGRESSO NACIONAL DE AMPLA OPOSIÇÃO. FUTURO LÍDER DO GOVERNO DIZ QUE A PAUTA PRIORITÁRIA EM FEVEREIRO INCLUI PREÇO DE COMBUSTÍVEIS E BOLSA FAMÍLIA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Apesar de o PL de Jair Bolsonaro ter conquistado a maioria das cadeiras no Senado e na Câmara dos Deputados, o senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, avalia que o presidente Lula não terá dificuldades de aprovação de projetos no Congresso Nacional. Nós vamos ter uma coalizão de governo. Os partidos que são majoritários no Congresso Nacional eles estão participando da coalizão. É uma participação significativa, programática, conceitual e nós esperamos que esse modelo dê certo. A despeito de o União Brasil integrar a base aliada de Lula, a senadora Soraya Thronicke, de Mato Grosso do Sul, que foi candidata à presidência da República, anunciou que será independente. As expectativas são de que teremos momentos desafiadores principalmente pela situação econômica que o Brasil se encontra hoje. Mas eu vou continuar trabalhando com independência pelos brasileiros e para os brasileiros. É esse o meu trabalho. Tudo o que for a favor do Brasil eu vou votar. Vou fazer uma oposição racional e não oposição por oposição. O que tiver que elogiar vou elogiar e o que tiver de criticar eu vou criticar. O senador Dário Berger, do PSB de Santa Catarina, acredita que o presidente Lula conseguirá reunificar o País.  Então, eu tenho muita esperança que com a habilidade, com a experiência e com a idade do presidente Lula ele possa reconstruir o país, colocar o país nos eixos, no trilho do desenvolvimento e fazer com que o Brasil possa crescer e se desenvolver e que a gente possa crescer junto com tudo isso que está acontecendo no Brasil. Já o futuro líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, antecipou as prioridades de Lula em fevereiro. Será a obra da reconstrução e da reconciliação nacional. Vamos começar esse governo mantendo a desoneração dos combustíveis, aprovando a medida provisória do Bolsa Família e também a medida provisória da reestruturação da Esplanada ministerial. A obra que nós iremos inaugurar é a mais importante de nossas vidas: reconciliar e reconstruir o país. Para o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, o governo Lula será marcado pela retomada de diálogo entre os Poderes e por políticas sociais. Acho que a perspectiva é muito positiva. Primeiro, creio que vai acontecer no Brasil um grande reencontro do país com a democracia, com as liberdades, com respeito à Independência entre os Poderes, com respeito à Constituição. Por outro lado, acho que também é um reencontro com o projeto que procura do ponto de vista econômico fazer do Brasil um país muito mais igualitário, que possa crescer e se desenvolver, distribuir renda gerar empregos.   Apesar de o governo Lula começar no dia primeiro de janeiro, o novo Congresso Nacional só tomará posse no dia primeiro de fevereiro. Serão vinte e sete senadores, devido à renovação de um terço, e 513 deputados a assumirem o mandato.  Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00