CSF debate soluções para redução da burocracia tributária — Rádio Senado
Senado do Futuro

CSF debate soluções para redução da burocracia tributária

A Comissão Senado do Futuro debateu nesta sexta-feira (11) soluções tecnológicas para reduzir a burocracia tributária e promover o desenvolvimento econômico do país. O economista Luiz Carlos Hauly apontou que o Brasil tem o pior sistema tributário do mundo, responsável pela estagnação do crescimento e pelo aumento do desemprego. (PEC 110/2019)

11/02/2022, 13h00 - ATUALIZADO EM 11/02/2022, 13h01
Duração de áudio: 02:56
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Transcrição
A COMISSÃO SENADO DO FUTURO DEBATEU SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA REDUZIR A BUROCRACIA TRIBUTÁRIA E PROMOVER O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO PAÍS. ECONOMISTA APONTA QUE O BRASIL TEM O PIOR SISTEMA TRIBUTÁRIO DO MUNDO, RESPONSÁVEL PELA ESTAGNAÇÃO DO CRESCIMENTO E PELO AUMENTO DO DESEMPREGO. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. O Brasil é um dos países mais ricos do mundo, mas a economia está estagnada, contando hoje com 24 milhões de desempregados ou subempregados. A culpa é do sistema tributário adotado há 40 anos. A afirmação é do economista Luiz Carlos Hauly, que defende a extinção de impostos, a desoneração da folha de pagamento, a diminuição de 66% da carga tributária dos mais pobres e alíquotas menores para itens essenciais, como comida e remédios. Na contramão do mundo, nos últimos 40 anos, o Brasil cresceu só 2% ao ano, foi quando entrou em vigor o sistema tributário atual que veio destruindo a economia e os negócios do Brasil, criando castas de privilégios dentro do sistema tributário. Comparando internacionalmente, nos últimos 10 anos, o mundo cresceu 2,7% ao ano, as economias emergentes, 4% em média, e o Brasil -0,1%.  Esse é o retrato do momento econômico. O engenheiro Miguel Abuhab é autor de um modelo de recolhimento de impostos automatizado, aproveitando o moderno sistema bancário do país para reduzir a burocracia. O objetivo é diminuir a sonegação fiscal, eliminar a inadimplência e promover crescimento econômico e igualdade social. O país desenvolveu um sistema poderoso de nota fiscal eletrônica e já tinha um sistema poderoso bancário e a nossa proposta é que o valor da nota fiscal seja integrado com o sistema bancário. Aí o imposto passa ser calculado e conferido pelo Estado, o recolhimento é automático, teremos uma unificação legislativa. O presidente da Comissão Senado do Futuro, Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, destacou que o governo ainda é analógico. Não dá pra você ter uma boa arrecadação e um bom sistema funcionando se você não tem realmente tudo isso digitalizado, e no Brasil não tem. O próprio governo é totalmente analógico. Para o senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, a burocracia é um ciclo vicioso. Esse modelo tributário brasileiro é como o modelo de escravidão, vai passando o tempo e ficando tudo do mesmo jeito, todo mundo vai acostumando. Quanto mais imposto, mais sonegação. E vai virando esse ciclo vicioso, onde só o pobre paga imposto e rico vai pra justiça. Aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça uma proposta de Reforma Tributária, que prevê a substituição de 9 tributos, entre eles o ISS, o ICMS, o IPI e a Cofins pelo IBS, Imposto sobre Bens e Serviços adotado com sucesso por países como o Canadá. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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