Senado vota na terça-feira primeiro turno da reforma da previdência
O Plenário do Senado poderá votar em primeiro turno a Reforma da Previdência. Antes, no entanto, o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), precisa ser votado pela Comissão de Constituição e Justiça. A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), afirmou que o adiamento da votação da Reforma não compromete o calendário, que prevê a promulgação em meados de outubro. Segundo o senador Rogério Carvalho (PT-SE), a oposição tentará retirar trechos da reforma para garantir o pagamento de uma aposentadoria maior e uma redução do tempo de contribuição. As informações são da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.
Transcrição
LOC: PLENÁRIO PODERÁ VOTAR PRIMEIRO TURNO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA NA TERÇA-FEIRA.
LOC: ANTES, AS NOVAS REGRAS DE APOSENTADORIA SERÃO ANALISADAS PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN
TÉC: Após o adiamento por decisão dos líderes partidários, a Comissão de Constituição e Justiça deverá votar na terça-feira a Reforma da Previdência. O relator, senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, rejeitou 77 sugestões de mudanças à proposta sob o argumento de que elas poderão ser feitas na PEC Paralela para a promulgação da principal ainda em outubro. A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul, esclareceu, no entanto, que o atraso não compromete o calendário da Reforma da Previdência.
(Simone) Nós conseguimos avançar num amplo acordo para que nós não atrasemos o calendário. O calendário oficial, portanto, da Reforma da Previdência acordado com os líderes da oposição é dia 10 de outubro, como sempre foi, como foi apresentado desde o mês passado.
REP: A oposição, por sua vez, se mobiliza para tentar retirar alguns trechos da Reforma da Previdência. O vice-líder do PT, senador Rogério Carvalho, de Sergipe, citou a apresentação de destaques, entre eles, o que pode garantir uma aposentadoria maior e um que propõe reduzir o tempo de contribuição.
(Rogério) Nós vamos apresentar o destaque para que sejam considerados somente 80% das maiores remunerações e sem essa redução para 60%. E vamos propor, por exemplo, que quem entre no sistema não tenha que contribuir por 20 anos porque o argumento é de que a gente precisa fazer economia, crise fiscal. Só que isso não causa nenhum impacto fiscal em 30 anos porque é para pessoas que vão começar a contribuir daí a 35, 40 anos no mercado.
REP: Se aprovada na Comissão de Constituição e Justiça na manhã de terça-feira, a Reforma da Previdência poderá ser votada em primeiro turno pelo Plenário do Senado na tarde do mesmo dia. Da Rádio Senado, Hérica Christian.