CCJ tem segundo debate sobre Reforma Tributária — Rádio Senado
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CCJ tem segundo debate sobre Reforma Tributária

A Comissão de Constituição e Justiça promoveu nesta terça-feira (27) o segundo debate sobre a Reforma Tributária. O relator da PEC 110/2019, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), disse que pretende simplificar o sistema de arrecadação, que considera um “manicômio tributário”.  Foram ouvidos representantes da Confederação da Indústria, do Comércio e da Agricultura, além do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal Filho. A reportagem é de Marcella Cunha.

27/08/2019, 19h47 - ATUALIZADO EM 27/08/2019, 19h58
Duração de áudio: 02:25
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza audiência pública interativa instruir a PEC 110/2019 que "altera o Sistema Tributário Nacional e dá outras providências". 

Mesa (E/D): 
economista e representante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes; 
coordenador do Núcleo Econômico da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Renato Conchon; 
gerente de Políticas Fiscal e Tributária da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mário Sérgio Carraro Telles; 
presidente em exercício da CCJ, senador Roberto Rocha (PSDB-MA); 
presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal Filho; 
consultor jurídico da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), João Caetano Muzzi Filho; 
presidente da Procuradoria Especial de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Luiz Gustavo Antônio Silva Bichara.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A REFORMA TRIBUTÁRIA CONTINUA A SER DISCUTIDA PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. LOC: NESTA TERÇA-FEIRA, FORAM OUVIDOS REPRESENTANTES DOS BANCOS, DO COMÉRCIO, DA INDÚSTRIA E DA AGRICULTURA. OS DETALHES NA REPORTAGEM DE MARCELLA CUNHA: TÉC: Durante a segunda audiência pública sobre a Reforma Tributária na Comissão de Constituição e Justiça, o relator da proposta, senador Roberto Rocha, do PSDB do Maranhão, disse que vai buscar simplificar e modernizar a arrecadação de tributos. (Roberto Rocha): Nós temos que ajustar esse sistema, que é um verdadeiro manicômio tributário. Somada a reforma da Previdência, e outras leis infraconstitucionais, certamente vai atrair muitos e muitos investimentos do mundo inteiro que carecem de segurança jurídica. (Rep) O presidente da Federação Brasileira de Bancos, Murilo Portugal, disse que muitas vezes o consumidor desconhece o valor total de impostos que paga sobre um produto e defendeu mais transparência. (Portugal) O custo tributário Total representa mais de 20% dos spreads Bancários. Então, o consumidor pensa que está pagando juros, mas na prática está sendo tributado pelo estado brasileiro. (REP) Para o economista da Confederação Nacional do Comércio, Fábio Bentes, o Brasil é um ponto fora da curva quando se trata de tributação de renda e propriedade. (Bentes): Metade da nossa carga tributária é tributação sobre consumo. Problema disso: o Brasil por ser um país com distribuição de renda ainda muito desigual, ao tributar consumo, faz com que a população ali naqueles 88% das classes C, D e E acabe pagando muito mais tributos. (Rep) O representante da Confederação Nacional da Agricultura, Renato Conchon, elogiou a criação de uma alíquota reduzida para alimentos. A PEC prevê um imposto único de competência estadual, chamado de IBS, que terá o valor de 4% para esse setor. Já Mário Sérgio Carraro, da Confederação Nacional da Indústria, disse que 75% das empresas consideram o ICMS o imposto que mais diminui a competividade. Além da extinção do ICMS, que é estadual, a PEC prevê o fim de outros 7 tributos federais, como o IPI e o IOF, além do ISS que é municipal. A terceira audiência pública sobre a Reforma Tributária está marcada para esta quinta-feira, com a presença do secretário da Receita Federal, Marcos Cintra e da Confederação Nacional dos Municípios. Da Rádio Senado, Marcella Cunha PEC 110/2019

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