CCT começa a analisar projeto que reduz prazo de patente de medicamentos — Rádio Senado
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CCT começa a analisar projeto que reduz prazo de patente de medicamentos

O prazo de validade da propriedade de patentes de medicamentos poderá ser limitado a 20 anos. É o que prevê projeto de lei (PLS 437/2018) aprovado na comissão de Assuntos Sociais (CAS). De autoria do senador José Serra (PSDB-SO), a proposta adapta a legislação brasileira ao Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (Trips, sigla em inglês), da Organização Mundial do Comércio (OMC), do qual o Brasil é signatário.  O relator na CAS, senador Romário (Podemos-RJ), considera que com a limitação da propriedade, o ingresso de medicamentos genéricos no mercado será facilitado. O texto está em análise da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) e, posteriormente, seguirá para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Reportagem, Iara Farias Borges.

 

22/07/2019, 13h55 - ATUALIZADO EM 22/07/2019, 13h55
Duração de áudio: 01:46
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PRAZO DE VALIDADE DA PROPRIEDADE DE PATENTES DE MEDICAMENTOS PODERÁ SER LIMITADO A 20 ANOS. LOC: UM PROJETO DE LEI COM ESSE OBJETIVO JÁ FOI APROVADO NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS E COMEÇA A SER ANALISADO NA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. (Repórter) De autoria do senador José Serra, do PSDB de São Paulo, o projeto vai reforçar o papel da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que passará a avaliar pedidos de registro de patente de medicamentos com base no critério de interesse sanitário. A proposta aprovada na Comissão de Assuntos Sociais limita em vinte anos a validade da propriedade das patentes de medicamentos. Com isso, a indústria farmacêutica não poderá prorrogar indefinidamente a validade das patentes, mantendo o monopólio do produto original. Essa tática da indústria de medicamentos prejudica tanto a população como as políticas do governo para a saúde, explicou o relator da proposta na Comissão de Assuntos Sociais, senador Romário, do Podemos do Rio de Janeiro. (Romário) “Por meio dessas estratégias de prorrogação da validade da patente, a indústria retarda a chegada de medicamentos genéricos no mercado e prolonga seus ganhos econômicos advindos do monopólio do produto original. Isso prejudica tanto os consumidores, diretamente, quanto as políticas públicas de assistência farmacêutica, nas quais o principal comprador de medicamentos é o governo. Nesse contexto, reforçam o papel da Anvisa e sua obrigação de avaliar os pedidos de patente sob a perspectiva do interesse sanitário”. (Repórter) A proposta adapta a legislação brasileira ao Trips, sigla inglesa para o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio, da OMC, Organização Mundial do Comércio, do qual o Brasil é signatário. O texto está na Comissão de Ciência e Tecnologia, onde aguarda a escolha do relator. PLS 437/2018

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