Senado celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi lembrado em uma sessão especial no Senado, nesta quinta-feira (6). A sessão teve a participação da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que rebateu as acusações de que há retrocessos ambientais na atual gestão. O ministro ainda reforçou que o saneamento básico é a prioridade da pasta. Ouça mais detalhes na reportagem de Paula Groba, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE FOI LEMBRADO EM UMA SESSÃO ESPECIAL NO SENADO, NESTA QUINTA-FEIRA. A SESSÃO TEVE A PARTICIPAÇÃO DA PROCURADORA-GERAL DA REPÚBLICA, RAQUEL DODGE, E DO MINISTRO DO MEIO AMBIENTE, RICARDO SALLES, QUE REBATEU AS ACUSAÇÕES DE QUE HÁ RETROCESSOS AMBIENTAIS NA ATUAL GESTÃO.
LOC: O MINISTRO AINDA REFORÇOU QUE O SANEAMENTO BÁSICO É A PRIORIDADE DA PASTA. REPÓRTER PAULA GROBA.
(Repórter) A sessão especial teve a participação de autoridades de todos os poderes, entre elas, a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, e o ministro do Meio ambiente, Ricardo Salles. A senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, requerente da solenidade, disse que o momento é de preocupação e reflexão.
(Eliziane Gama) E saímos daqui com encaminhamentos, importantes para evitarmos retrocessos na política ambiental. Eu diria isso com muita convicção que não temos muito a comemorar porque nos últimos dias não vimos nenhuma ação mais direta em relação à proteção da biodiversidade, da Amazônia.(REP) A procuradora Raquel Dodge reforçou a importância de todos serem responsáveis pela preservação ambiental, em especial o Poder Legislativo. (DODGE) O Parlamento brasileiro fixou o conceito de sustentabilidade, o conceito de proteção progressiva e estabeleceu um marco ético importantíssimo para a proteção ao ambiente que devemos proteger. O ambiente para esta e para as futuras gerações.
(Repórter) A primeira deputada indígena eleita no Brasil, Joênia Wapichana, da Rede Sustentabilidade de Roraima, falou da importância da participação dos índios nos debates sobre a questão ambiental e da preservação das reservas. E criticou a atividade das mineradoras e a flexibilização dos licenciamentos ambientais:
(Joênia Wapichana) Não à mineração, não à flexibilização aos licenciamento ambientais. O Brasil precisa mudar esse comportamento de um discurso negacionista em relação aos impactos ambientais a proteção do meio ambiente a proteção dos Direitos Humanos, porque lá a vida que foi perdida lá em Brumadinho não vão retornar porque foram vítimas de uma política negacionista de impactos, de ausência de fiscalização.
(Repórter) O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, rebateu as afirmações de que o Brasil esteja vivendo retrocessos. Segundo ele, nada foi desfeito, apenas a forma de gestão foi modificada no ministério.
(Ricardo Salles) É uma tentativa de através de uma boa gestão para que possa cumprir o seu papel agora a visão que nós sempre reiteramos é da eficiência do processo de licenciamento um processo moroso não é necessariamente eficiente.
(Repórter) Já o senador Randolfe Rodrigues da Rede Sustentabilidade do Amapá, criticou as ações do ministro.
(Randolfe Rodrigues) O Fundo Amazônia, já foram destinados 3,8 bilhões de reais em governos anteriores. Neste governo tem 1,8 bilhões de reais e 103 projetos na Amazônia paralisados e o cara de pau do ministro vem aqui dizer sobre a utilização do fundo Amazônia e esquece dizer que na verdade a intenção deste governo é destinar o fundo para quem desmatou o meio ambiente.
(Repórter) A sessão especial contou ainda com a participação do ex-ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, representantes de entidades como SOS Mata Atlântica, embaixadores e da astrônoma e doutora em física, Lia Medeiros.