Senadoras pedem atenção do Parlamento para pauta feminina — Rádio Senado
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Senadoras pedem atenção do Parlamento para pauta feminina

Durante sessão de votações desta quarta-feira, a senadora Rose de Freitas (MDB-ES), líder da bancada feminina do Senado, fez um desabafo e pediu atenção dos senadores sobre a pauta feminina. Segundo ela, leis contra a violência foram criadas, mas o resultado somente virá se homens abraçarem as causas das mulheres. A senadora foi seguida pela manifestação de outras senadoras. Ouça mais detalhes na reportagem de Paula Groba, da Rádio Senado.

14/03/2019, 16h52 - ATUALIZADO EM 14/03/2019, 20h08
Duração de áudio: 02:48
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: DURANTE SESSÃO DE VOTAÇÕES DESTA QUARTA-FEIRA, A SENADORA ROSE DE FREITAS, LÍDER DA BANCADA FEMININA DO SENADO, FEZ UM DESABAFO E PEDIU ATENÇÃO DOS SENADORES SOBRE A PAUTA FEMININA. LOC: SEGUNSO ELA, LEIS CONTRA A VIOLÊNCIA FORAM CRIADAS, MAS O RESULTADO SOMENTE VIRÁ SE HOMENS ABRAÇAREM AS CAUSAS DAS MULHERES. A SENADORA FOI SEGUIDA PELA MANIFESTAÇÃO DE OUTRAS SENADORAS. REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) Visivelmente emocionada por conta dos últimos casos de feminicídios ocorridos no Brasil, a senadora Rose de Freitas, do MDB do Espírito Santo, pediu a atenção dos senadores sobre o respeito e igualdade de direito das mulheres. (Rose de Freitas) Eu quero pedir a essa casa que ela se interesse pela luta das mulheres. Para que a gente possa enfrentar essa brutal violência que mata a cada dia mais mulheres. Não é manifesto, não é adesivo, não é bandeira, não é faixa. É posição. Com atos, com votações, com posições e seções nos discursos, chamamento das suas cidades, conversas nas suas paróquias, nos seus clubes de futebol, no seu Sindicato. Não pode continuar, chega de violência. Aumentar punição, construir lei nova não tem sido suficiente se vocês homens não tiverem ombro a ombro, lado a lado lutando conosco. (Repórter) A senadora Kátia Abreu também se manifestou contra os índices apresentados no Brasil sobre a questão social da mulher. E pediu mais projetos voltados para o empoderamento feminino. (Kátia Abreu) Dos países do G20 e da América Latina, nós somos o pior em termos de violência contra mulher e principalmente o estupro. Nós estamos no pior lugar do G20 e também com relação à América Latina com relação a pagamento de salários diferenciados para as mulheres nós temos o maior número de desempregadas, muito mais do que os homens mas nós temos a maioria das mulheres chefiam as famílias do país. Essa vergonha não é de nós parlamentares mulheres essa vergonha tem que ser do Brasil 90% dos projetos era para criminalizar a agressão e só um projeto para empoderar a mulher nós precisamos reverter essa situação. (Repórter) Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a senadora Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul, lembrou que o Congresso aprovou leis importantes para o combate à violência contra a mulher, como a lei Maria da Penha, do feminicídio e importunação Sexual. Mas também pediu mais apoio do Congresso e da sociedade. (Simone Tebet) O dia de combate à violência contra mulher contra a criança, contra o adolescente, não é o dia 8 de Março, é todos os dias do ano. Por isso é que nós pedimos ainda e sempre o apoio da sua causa. (Repórter) Os senadores aprovaram projetos da pauta feminina como o direito livre à amamentação em locais públicos e o que pune empresas que pagarem salários diferenciados entre homens e mulheres. Outros projetos da pauta feminina estão previstos para votação na próxima terça-feira.

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