Ministro da Saúde destaca avanços na atenção básica, mas senadores cobram melhorias no atendimento para população — Rádio Senado
Audiência pública

Ministro da Saúde destaca avanços na atenção básica, mas senadores cobram melhorias no atendimento para população

Em audiência na Comissão de Assuntos Sociais, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, registrou avanços na atenção básica, com a formação de agentes de saúde e a queda nos casos de dengue e zica vírus. Também ressaltou esforços para a modernização da pasta e o aumento na fiscalização dos gastos. Segundo Barros, as negociações com os laboratórios permitiram uma economia de R$ 3,5 bilhões na compra de medicamentos em 2017. O ministro também criticou o impacto das decisões da justiça para a compra de medicamentos não cobertos pelo SUS. Os senadores elogiaram o ministro, mas cobraram melhorias no atendimento para a população, principalmente aos pacientes com doenças renais, câncer ou doenças raras. O senador Wademir Moka (PMDB – MS) lamentou as dificuldades no diagnóstico e na distribuição de medicamentos para os doentes graves. A reportagem é de George Cardim.

07/03/2018, 12h49 - ATUALIZADO EM 07/03/2018, 12h49
Duração de áudio: 02:45
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza audiência pública interativa com o ministro da Saúde para prestação de contas das atividades desenvolvidas pelo Ministério.

Mesa:
ministro da Saúde, Ricardo Barros;
presidente da CAS, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O MINISTRO DA SAÚDE, RICARDO BARROS, DESTACOU AVANÇOS NA ATENÇÃO BÁSICA E LAMENTOU O IMPACTO DE SETE BILHÕES DE REAIS POR ANO CAUSADO POR DECISÕES JUDICIAIS OBRIGANDO A COMPRA DE MEDICAMENTOS NÃO OFERECIDOS PELO SUS. LOC: EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, OS SENADORES COBRARAM MELHORIAS NO ATENDIMENTO À POPULAÇÃO E AOS PACIENTES COM DOENÇAS GRAVES. REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) Ricardo Barros fez uma radiografia do SUS, que destacou como o maior sistema público de saúde do mundo, com um orçamento de 131 bilhões de reais em 2018 e que atende sete em cada dez brasileiros. No ano passado, foram registrados 4 bilhões de tratamentos ambulatoriais, um bilhão e trezentos milhões de consultas médicas e mais de onze milhões de internações. O ministro da saúde registrou avanços na atenção básica, com a formação de agentes de saúde, campanhas de vacinação e a queda nos casos de dengue e zica vírus. Também ressaltou esforços para a modernização da pasta, o combate às fraudes e o aumento na fiscalização e transparência dos gastos. Segundo Barros, as negociações com os laboratórios permitiram uma economia de mais de três bilhões de reais na compra de medicamentos em 2017. No entanto, o ministro criticou o impacto de 7 bilhões de reais causado anualmente por decisões da Justiça determinando a compra de medicamentos de alto custo não cobertos pelo SUS. (Ricardo Barros) “A judicialização que é um problema sério na Saúde, sete bilhões por ano em sentenças judiciais na saúde. Não tem orçamento da judicialização. A gente votou o Orçamento, está escrito lá judicialização? Não está. Este dinheiro da judicialização é deslocado de outras ações para atender a judicialização. Então desestrutura o planejamento que foi feito pra atender a população.” (Repórter) Os senadores elogiaram a atuação do ministro mas cobraram melhorias no atendimento para a população, principalmente aos pacientes com câncer, doenças renais ou raras. O senador Wademir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul, lamentou as dificuldades no diagnóstico e na distribuição de medicamentos para os doentes graves. (Wademir Moka) “ Eu sou inconformado. Uma pessoa que tem diagnóstico firmado, tem uma doença rara, ela recebe um tratamento contínuo. Aí de repente este medicamento para de ser distribuído. Se ele ficar um mês sem receber a chance dele ira óbito, de falecer, é muito grande.” (Repórter) O ministro da Saúde ainda anunciou a manutenção do Programa Mais Médicos, com o objetivo de aumentar a participação dos profissionais brasileiros e diminuir o número de médicos cubanos de 11 mil para 7 mil em três anos.

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