Proposta proíbe que Justiça autorize o funcionamento de curso mal avaliado pelo MEC
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou nesta terça-feira a proposta (PLS 195/2017) o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e proíbe que a justiça autorize o funcionamento de curso superior mal avaliado pelo Ministério da Educação. O relator, senador Cristóvam Buarque (PPS-DF) justificou que a intenção é evitar a insegurança jurídica e o uso indiscriminado de liminares para manter em andamento cursos sem um padrão mínimo de qualidade de ensino. Cristóvam defendeu a avaliação feita pelo MEC para impedir que os alunos matriculados não recebam a formação adequada e sejam prejudicados ao concluir o curso.
![Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realiza reunião com 20 itens. Na pauta, o PLS 195/2017, que proíbe funcionamento de cursos mal avaliados pelo MEC.
Em pronunciamento, á bancada, senador Cristovam Buarque (PPS-DF);
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realiza reunião com 20 itens. Na pauta, o PLS 195/2017, que proíbe funcionamento de cursos mal avaliados pelo MEC.
Em pronunciamento, á bancada, senador Cristovam Buarque (PPS-DF);
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado](https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2018/03/06/proposta-proibe-que-justica-autorize-o-funcionamento-de-curso-mal-avaliado-pelo-mec/20180306_00868g.jpg/@@images/12c5c485-7081-4f2f-9e89-2a5dd0f52858.jpeg)
Transcrição
LOC: A JUSTIÇA NÃO VAI PODER AUTORIZAR O FUNCIONAMENTO DE CURSO SUPERIOR MAL AVALIADO PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.
LOC: É O QUE DETERMINA UM PROJETO APROVADO NESTA TERÇA-FEIRA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO SENADO. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
(Repórter) A proposta do senador Fernando Bezerra Coelho, do PMDB de Pernambuco, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e proíbe que a Justiça autorize o funcionamento de curso superior mal avaliado pelo Ministério da Educação. O relatório do senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, explicou que a intenção é evitar a insegurança jurídica e o uso indiscriminado de liminares para manter em andamento cursos sem um padrão mínimo de qualidade de ensino. Cristovam defendeu a avaliação feita pelo MEC para impedir que os alunos matriculados não recebam a preparação adequada e sejam prejudicados ao concluir o curso. O senador lembrou que o Ministério suspendeu parcialmente, em 2017, 27 faculdades por causas como terceirização de oferta de cursos, aproveitamento irregular dos estudos, utilização irregular de instalações e até venda de diplomas.
(Cristovam Buarque) “Isso é necessário porque o curso sub judice é uma vergonha completa. O Estado diz que aquele curso não merece o diploma que vai dar e a justiça, por razões de tecnicalidade jurídica, porque a justiça não vai avaliar o conteúdo, não vai avaliar a competência, não vai avaliar a qualidade, porque não é papel dela. A justiça diz que sim”
(Repórter) A proposta aprovada pela Comissão de Educação deve ser analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça.
PLS 195/2017