Senadores divergem sobre decisão de se fazer leitura do relatório da reforma trabalhista — Rádio Senado
Reforma Trabalhista

Senadores divergem sobre decisão de se fazer leitura do relatório da reforma trabalhista

23/05/2017, 18h58 - ATUALIZADO EM 23/05/2017, 18h58
Duração de áudio: 02:02
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública interativa para debater a reforma trabalhista. 

Presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), suspende reunião da comissão, depois que senadores de oposição protestaram contra a leitura do relatório de Ricardo Ferraço sobre o PLC 38/2017, que trata da reforma trabalhista. 

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DIVERGEM SOBRE DECISÃO DE SE FAZER A LEITURA DO RELATÓRIO DA REFORMA TRABALHISTA. LOC: OPOSIÇÃO RECLAMA DE ATENTADO AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES, ENQUANTO GOVERNISTAS ALEGAM QUE PROPOSTA JÁ FOI EXCESSIVAMENTE DEBATIDA. A REPORTAGEM É DE GUSTAVO AZEVEDO E REBECA LIGABUE (LIGABÍ). TÉC: A decisão de considerar como lido o relatório do senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, à proposta de reforma trabalhista causou divergência entre os senadores dos mais diferentes partidos. A senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, defendeu as manifestações da oposição contra o que ela considera um atentado aos direitos dos trabalhadores. (Fátima) A leitura do relatório tem um único objetivo: que é passar para a sociedade um retrato de que esse governo, que está afundando, está vivendo um tempo de normalidade. (REP) O senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, rebateu as críticas e disse que a proposta já foi excessivamente debatida. (Ataídes) Cenas horrorosas. Aqui me parece que hoje foi a sexta ou a sétima audiência, não tem nada de ferro e fogo. E nós sabemos que essa reforma ela é importantíssima para o país. (REP). Para o senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, houve uma estratégia da oposição para gerar tumulto. (Caiado). Foi uma estratégia grosseira, agressiva, desrespeitosa, antidemocrática. As reformas a serem discutidas, isso é uma pauta da sociedade brasileira, buscar uma saída para a economia, para os desempregados. (REP). Mas, na avaliação do senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal, a Comissão de Assuntos Econômicos deixou de cumprir o Regimento Interno ao não fazer a leitura do relatório. (Hélio) É lamentável que na casa do povo brasileiro, aqui no Congresso, no Senado Federal, ocorra tais fatos. O direito de divergir, o direito de concordar é livre, todos devem poder discutir e definir, o que não pode é ter violência. E outro, não se pode passar por cima do regimento. Não é possível dar por lido algo que não foi lido. (REP) A previsão é que o relatório do senador Ricardo Ferraço seja votado na CAE no dia 30. Se aprovado, seguirá para análise das comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Sociais. Com a colaboração de Gustavo Azevedo, da Rádio Senado, Rebeca Ligabue. PLC 38/2017

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