Senadores divergem sobre decisão de se fazer leitura do relatório da reforma trabalhista
Transcrição
LOC: SENADORES DIVERGEM SOBRE DECISÃO DE SE FAZER A LEITURA DO RELATÓRIO DA REFORMA TRABALHISTA.
LOC: OPOSIÇÃO RECLAMA DE ATENTADO AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES, ENQUANTO GOVERNISTAS ALEGAM QUE PROPOSTA JÁ FOI EXCESSIVAMENTE DEBATIDA. A REPORTAGEM É DE GUSTAVO AZEVEDO E REBECA LIGABUE (LIGABÍ).
TÉC: A decisão de considerar como lido o relatório do senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, à proposta de reforma trabalhista causou divergência entre os senadores dos mais diferentes partidos. A senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, defendeu as manifestações da oposição contra o que ela considera um atentado aos direitos dos trabalhadores.
(Fátima) A leitura do relatório tem um único objetivo: que é passar para a sociedade um retrato de que esse governo, que está afundando, está vivendo um tempo de normalidade.
(REP) O senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, rebateu as críticas e disse que a proposta já foi excessivamente debatida.
(Ataídes) Cenas horrorosas. Aqui me parece que hoje foi a sexta ou a sétima audiência, não tem nada de ferro e fogo. E nós sabemos que essa reforma ela é importantíssima para o país.
(REP). Para o senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, houve uma estratégia da oposição para gerar tumulto.
(Caiado). Foi uma estratégia grosseira, agressiva, desrespeitosa, antidemocrática. As reformas a serem discutidas, isso é uma pauta da sociedade brasileira, buscar uma saída para a economia, para os desempregados.
(REP). Mas, na avaliação do senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal, a Comissão de Assuntos Econômicos deixou de cumprir o Regimento Interno ao não fazer a leitura do relatório.
(Hélio) É lamentável que na casa do povo brasileiro, aqui no Congresso, no Senado Federal, ocorra tais fatos. O direito de divergir, o direito de concordar é livre, todos devem poder discutir e definir, o que não pode é ter violência. E outro, não se pode passar por cima do regimento. Não é possível dar por lido algo que não foi lido.
(REP) A previsão é que o relatório do senador Ricardo Ferraço seja votado na CAE no dia 30. Se aprovado, seguirá para análise das comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Sociais. Com a colaboração de Gustavo Azevedo, da Rádio Senado, Rebeca Ligabue. PLC 38/2017