Ministro nega que reforma trabalhista signifique retrocesso nos direitos dos trabalhadores — Rádio Senado
Sessão temática

Ministro nega que reforma trabalhista signifique retrocesso nos direitos dos trabalhadores

16/05/2017, 15h31 - ATUALIZADO EM 17/05/2017, 09h16
Duração de áudio: 02:10
Plenário do Senado Federal durante sessão de debates temáticos destinada a discutir o Projeto de Lei da Câmara nº 38, de 2017, que regulamenta a Reforma Trabalhista. 


Mesa: 
presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Ângelo Fabiano Farias da Costa; 
advogada e especialista em Direito Econômico, Celita Oliveira Sousa; 
secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre; 
senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); 
presidente do Senado Federal, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE); 
senadora Marta Suplicy (PMDB-SP); 
presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto; 
ministro de Estado do Trabalho, Ronaldo Nogueira; 
presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Antonio Carlos Pipponzi 

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: NA SEGUNDA SESSÃO TEMÁTICA NO PLENÁRIO DO SENADO SOBRE A REFORMA TRABALHISTA, O MINISTRO DO TRABALHO, RONALDO NOGUEIRA, NEGOU QUE A PROPOSTA SIGNIFIQUE RETROCESSO NOS DIREITOS DOS TRABALHADORES. LOC: SENADORES PROTESTARAM CONTRA A AUSÊNCIA DO MINISTRO NA FASE DE DEBATES. REPÓRTER MARCELA DINIZ: TEC: O Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, classificou a reforma como “modernização da legislação” trabalhista brasileira e afirmou que ela trará mais segurança jurídica e empregos em um momento de crise. O ministro também negou que a proposta represente retrocesso nas garantias fundamentais ao trabalhador: (Ronaldo Nogueira) Esses direitos, nenhum deles corre o risco de ser alterado pelos acordos coletivos; esses direitos estão assegurados pela própria Constituição. (REP) Por motivo de compromisso internacional, Nogueira deixou a sessão temática antes do debate com os parlamentares. O ministro propôs sua substituição por um técnico do ministério, mas parlamentares da oposição protestaram. Um deles foi o senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro: (Lindbergh) Que deixe a cadeira vazia! É o mínimo de respeito com o Senado Federal que o ministro do trabalho ficasse aqui. (REP) Apesar de lamentar a ausência no debate, Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, saiu em defesa do ministro e disse que a reforma trabalhista é necessária para fazer o Brasil competitivo em nível internacional: (Ataídes) É lamentável, mas ele veio, fez sua apresentação e mostrou o seu ponto de vista. O mundo queria vir para o Brasil, mas aqui tinha mão de obra baixa, produtividade baixa e uma insegurança jurídica. Pra onde é que o mundo foi? Foi pra China. (REP) Para Roberto Requião, do PMDB do Paraná, a comparação com o país asiático é inadequada e a saída do ministro da sessão demonstra que o governo não deseja, de fato, dialogar com o Congresso: (Requião) O aviltamento, a precarização do trabalho no sonho de que capitais norte-americanos venham investir aqui, como investiram na China. Mas aqui, existe uma tradição de avanços sociais: o Brasil não irá digerir essa patifaria proposta por um ministro fujão! (REP) O relator do projeto de Reforma Trabalhista nas comissões de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais é o senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo. Na Comissão de Constituição e Justiça, o relator é o senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima. Da Rádio Senado, Marcela Diniz. PLC38/2017

Ao vivo
00:0000:00