Hospitais públicos podem ser obrigados a divulgar lista de espera para exames de doenças graves
Transcrição
LOC: HOSPITAIS PÚBLICOS PODERÃO SER OBRIGADOS A DIVULGAR A LISTA DE ESPERA PARA A REALIZAÇÃO DE EXAMES QUE FAZEM PARTE DO TRATAMENTO DE DOENÇAS GRAVES COMO O CÂNCER.
LOC: É O QUE DETERMINA PROJETO EM ANÁLISE NO SENADO QUE TAMBÉM FIXA PRAZO PARA O INÍCIO DO TRATAMENTO FEITO PELO SUS. OUÇA OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA.
(Repórter) Ângela Ferraz de 57 anos e Luciana Oliveira de 43 são mulheres que compartilham algo em comum: as duas foram diagnosticadas com câncer. Mas, vivem realidades diferentes. Ângela, assessora comercial, fez todo o seu tratamento na rede privada de saúde. Já a empregada doméstica Luciana, que trabalha na casa da assessora, faz o tratamento pelo SUS. A diferença entre as duas realidades vai além da infraestrutura dos hospitais. Enquanto na rede privada Ângela fez todo o tratamento em cerca de 10 meses, a doméstica Luciana, que descobriu a volta de um câncer há três meses, ainda aguarda na fila de espera para fazer uma tomografia. A patroa, Ângela, conta que chegou a pagar um exame para que a funcionária pudesse continuar o tratamento, mas a fila de espera do hospital público está ainda maior porque um dos equipamentos para realizar a quimioterapia parou de funcionar.
(Ângela Ferraz) Os médicos pediram uma tomografia que ela está aguardando até hoje. O equipamento no Hospital de Base, então ela ficou sem ter o que fazer aguardando uma solução. Nisso, acho que se passaram mais ou menos um mês e ela entrou no desespero.
(Repórter) Uma proposta do senador Dário Berger, do PMDB de Santa Catarina, originada de uma sugestão da ONG Oncoguia, pretende agilizar o tratamento de pacientes de doenças graves. O projeto obriga que os hospitais da rede pública divulguem a lista de espera dos exames para esses casos, fixando em 5 dias o prazo para a realização dos exames, após o diagnóstico da doença.
(Dário Berger) Para que as pessoas possam obrigatoriamente quanto aos exames complementares e quanto às consultas necessárias pra confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. Porque a doença, ela não espera. O diretor jurídico da ONG, Thiago Farina, destaca que a transparência na ordem nas filas dará mais dignidade aos pacientes.
(Thiago Farina) E repelir aqueles que estão fazendo as coisas de um jeito que privilegia aqueles que têm mais acesso a contatos políticos, privilegia amigos, políticos e não uma saúde igualitária, isonômica.
(Repórter) O projeto será analisado pelas comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Sociais, nesta em decisão terminativa..
LOC: E VOCÊ PODE OPINAR SOBRE O PROJETO POR MEIO DO PORTAL ÊCIDADANIA. QUAL É A SUA OPINIÃO SOBRE A PROPOSTA? O ENDEREÇO É WWW.SENADO.LEG.BR/ECIDADANIA.