Partidos aliados a Temer questionam no STF decisão de manter direitos políticos de Dilma — Rádio Senado
Impeachment

Partidos aliados a Temer questionam no STF decisão de manter direitos políticos de Dilma

02/09/2016, 17h00 - ATUALIZADO EM 02/09/2016, 17h03
Duração de áudio: 01:56
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: PARTIDOS ALIADOS AO PRESIDENTE MICHEL TEMER ENTRAM NA JUSTIÇA CONTRA DECISÃO DO SENADO DE MANTER PERMISSÃO PARA QUE DILMA ROUSSEFF OCUPE CARGOS PÚBLICOS. LOC: A PRINCIPAL ALEGAÇÃO É A DE QUE A VOTAÇÃO FATIADA VIOLA O ARTIGO 52 DA CONSTITUIÇÃO. DETALHES COM O REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC (Repórter): PSDB, Democratas, PPS, PMDB e Solidariedade seguiram o mesmo caminho do PV e do senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, e decidiram questionar no Supremo Tribunal Federal a votação fatiada do processo que levou ao impeachment de Dilma Rousseff. Na primeira votação no Plenário do Senado, ela perdeu o mandato. Já na segunda, os senadores optaram por manter a habilitação da ex-presidente para o exercício de cargos públicos. Os partidos da base aliada ao governo Temer entendem que o artigo 52 da Constituição estabelece que a inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, é automática, por isso, eles querem que a segunda votação seja anulada. O senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, explica o que diz o mandado de segurança: (RONALDO CAIADO): Primeiro, que seja declarada ilegal a autorização feita pelo ministro Lewandowski da votação do destaque. E segundo, que anule a votação. São esses os dois pontos principais. E nós aguardamos agora o julgamento do Supremo Tribunal Federal com a certeza de que um destaque de votação em separado não pode alterar uma Constituição. (Repórter): O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima, do estado da Paraíba, disse que o mandado de segurança é claro, não havendo o risco de que todo o processo de impeachment tenha que passar por uma nova votação: (CÁSSIO CUNHA LIMA): O partido resolveu, sim, questionar no Supremo Tribunal Federal a decisão equivocada do Senado no que diz respeito à inabilitação da ex-presidente. Nós estaremos dando ao Supremo a oportunidade de rever apenas aquela parte que consideramos equivocada da decisão e que naturalmente fere de forma mortal a Constituição Brasileira. (Repórter): A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff também foi ao Supremo Tribunal Federal para tentar anular todo o processo de impeachment. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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