Moradores da vizinhança de pedágios podem ficar isentos do pagamento para circular livremente — Rádio Senado
Propostas

Moradores da vizinhança de pedágios podem ficar isentos do pagamento para circular livremente

Moradores da vizinhança de pedágios podem ficar isentos do pagamento para circular livremente. Projeto nesse sentido (PLC nº 8/2013), já aprovado pela Câmara dos Deputados, tem como justificativa que as concessões de rodovias trouxeram prejuízos para a população de municípios onde são instaladas as praças de pedágio. Por isso, propõe isenção para as pessoas que moram na vizinhança dos pedágios de pagarem a taxa para circular, desde que credenciem seus veículos regularmente. Segundo o relator, senador Benedito de Lira (PP – AL), o texto prevê isenção tanto para os moradores como para os que trabalham no local e precisam cruzar o pedágio todos os dias.

18/04/2016, 14h10 - ATUALIZADO EM 18/04/2016, 15h17
Duração de áudio: 02:17
Foto: Agência de Notícias do Paraná

Transcrição
LOC: MORADORES DA VIZINHANÇA DE PEDÁGIOS PODEM FICAR ISENTOS DO PAGAMENTO PARA CIRCULAR LIVREMENTE. LOC: A PROPOSTA BENEFICIA TAMBÉM QUEM PRECISA CRUZAR O PEDÁGIO TODOS OS DIAS PARA TRABALHAR. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: A proposta, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, tem como justificativa que as concessões de rodovias trouxeram prejuízos para a população de municípios onde são instaladas as praças de pedágio. Por isso, isenta as pessoas que moram na vizinhança dos pedágios de pagarem a taxa para circular, desde que credenciem seus veículos regularmente. O relator, senador Benedito de Lira, do PP de Alagoas, lembrou que o texto prevê isenção tanto para os moradores como para os que trabalham no local e precisam cruzar o pedágio todos os dias. (Benedito de Lira) O projeto de lei isenta de pagamento de tarifa de pedágio o veículo cujo proprietário possua residência ou exerça atividade profissional permanente no município em que esteja localizada a praça de cobrança de pedágio. Consideramos que o projeto é conveniente e oportuno, trazendo imbuída em sua justificativa uma preocupação de justiça social – qual seja, a de evitar que as pessoas residentes em município que sedia a praça de pedágio sejam penalizadas por esse fato. (Repórter) O projeto, no entanto foi contestado pelo senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, que o considera inconstitucional por afetar o equilíbrio financeiro do contrato de concessão de obra pública e por representar uma interferência do Legislativo na gestão dos serviços, que é tarefa do Executivo. O senador Antonio Carlos Valadares, do PSB de Sergipe, também contrário à iniciativa, disse que a tarifa vai ficar mais cara, e quem vai pagar a conta da isenção são os demais usuários. (Antonio Carlos Valadares) O usuário da ponte Rio-Niterói – estou apenas apresentando um exemplo para ilustrar – esses usuários que não forem do município de Niterói, por exemplo, vão pagar quantas vezes essa conta? Porque o contrato, ele tem que ser mantido. A Constituição garante a natureza do contrato. Se o dono daquela concessão vai tomar um prejuízo, tem o direito de repactuar. E nessa repactuação, quem perde são aqueles que não tiveram o direito aqui conferido neste projeto. (Repórter) A proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, mas com os votos contrários de Raupp e Valadares, além das senadoras Simone Tebet e Marta Suplicy e dos senadores Alvaro Dias e José Agripino. O projeto vai ser analisado agora pelas comissões de Infraestrutura e de Assuntos Econômicos. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso. PLC 8/2013

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