CRE debate situação da indústria de Defesa e projetos estratégicos do setor — Rádio Senado
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CRE debate situação da indústria de Defesa e projetos estratégicos do setor

05/11/2015, 14h55 - ATUALIZADO EM 05/11/2015, 14h55
Duração de áudio: 02:14
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: “O CONGRESSO DEVE TENTAR RESGATAR O ACORDO DE SALVAGUARDA TECNOLÓGICA COM OS ESTADOS UNIDOS PARA GARANTIR O DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA BRASILEIRO DE LANÇAMENTO DE SATÉLITES QUE ESTÁ PARADO POR FALTA DE RECURSOS”. LOC: FOI O QUE AFIRMOU NESTA QUINTA-FEIRA O EMBAIXADOR RUBENS BARBOSA, PRESIDENTE DO CONSELHO SUPERIOR DE COMÉRCIO EXTERIOR DA FIESP. ELE PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL. REPÓRTER NARA FERREIRA. TEC: O embaixador Rubens Barbosa explicou que o acordo de salvaguarda tecnológica assinado em 2001 pelo Brasil e os Estados Unidos, não foi ratificado pelo Congresso. Ele lembrou que o programa espacial é uma das prioridades da Estratégia Nacional de Defesa com ênfase no desenvolvimento do veículo lançador de satélites, o VLS, e a utilização da base de Alcântara. Segundo ele, o acordo com os Estados Unidos visava criar condições para a utilização comercial da base no Maranhão e previa garantias de segredo industrial. Na opinião de Rubens Barbosa, esta utilização foi prejudicada pela política externa adotada pelo Brasil nos últimos anos que, segundo ele, estaria pautada por decisões ideológicas. O acordo está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, com parecer pela rejeição. O embaixador explicou que o Programa de Cooperação com a Ucrânia, assinado em 2004 para lançamento de satélites, também não foi adiante por falta do acordo com os Estados Unidos. (RUBENS) O acordo não foi feito para beneficiar empresas americanas ou nada, foi feito para viabilizar a base de Alcântara, cada lançamento de satélite da base de Alcântara geraria 40/50 milhões de dólares que seria muito mais do que esses minguados recursos que temos hoje para o programa espacial brasileiro. (REP) O Presidente da Visiona Tecnologia Espacial, Eduardo Bonini, citou a perda de mão de obra qualificada por falta de projetos. Segundo a Associação das Indústrias Aeroespaciais Brasileiras em 2011, quinhentos técnicos e engenheiros trabalhavam nesse setor. Hoje são menos de 200. A situação da indústria nacional foi o tema de política pública escolhido para avaliação pela Comissão de Relações Exteriores. O relator, senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, disse que o setor passa por um momento crítico. (FERRAÇO) O resultado disso é que programas importantes para a sociedade brasileira estão ameaçados. (REP) Ferraço espera apresentar o relatório final ainda este ano.

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