Senado aprova recondução de Rodrigo Janot ao cargo de Procurador Geral da República — Rádio Senado
Plenário

Senado aprova recondução de Rodrigo Janot ao cargo de Procurador Geral da República

26/08/2015, 18h49 - ATUALIZADO EM 26/08/2015, 22h15
Duração de áudio: 02:28
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADO APROVOU NESTA QUARTA-FEIRA A RECONDUÇÃO DE RODRIGO JANOT AO CARGO DE PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA. FORAM 59 VOTOS FAVORÁVEIS E 12 CONTRÁRIOS AO PROCURADOR. LOC: DURANTE A SABATINA NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, TAMBÉM NESTA QUARTA, JANOT RECEBEU DURAS CRÍTICAS. E NEGOU VAZAR INFORMAÇÕES OU TER FEITO CONTRATOS IRREGULARES NO MINISTÉRIO PÚBLICO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) Rodrigo Janot assumiu o cargo de Procurador-Geral da República em 2013 e é um dos responsáveis pela condução dos inquéritos da Operação Lava Jato, que investiga a corrupção na Petrobras. Durante a sabatina, ele disse que a estatal é alvo de um “mega esquema” de corrupção como ele jamais viu em 31 anos de Ministério Público. Janot negou o suposto acordão entre a procuradoria, a Presidência da República e políticos investigados pela Lava Jato, lembrando que o material será publicado quando acabar o sigilo e que a ação não é somente dele, envolve 20 procuradores e um grupo de delegados. Os ataques mais duros vieram do senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas. Uma semana antes da sabatina, a procuradoria apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra o senador por suspeitas de envolvimento na Lava Jato. Collor acusou Janot de contratos irregulares no valor de 940 mil reais com a empresa Oficina da Palavra, e da locação de um imóvel em Brasília para anexo da Procuradoria-Geral por 67 mil reais por mês, sem licitação. O senador disse ainda que Janot vazou informações apenas para se promover. (Fernando Collor) E vazar informações, nós estamos aqui diante de um catedrático. Vazar informações que correm sobre segredo de Justiça, e violar segredo de Justiça é crime previsto no Código Penal. E quem está dizendo que o Procurador-Geral vaza as informações, não sou eu, somente eu. S. Exª, o ministro Teori Zavascki já assim afirmou, que em relação a determinado vazamento, que ele não tinha dúvida que o vazamento ocorreu da Procuradoria Geral da República. (Repórter) Rodrigo Janot respondeu que a Oficina da Palavra foi contratada para reestruturar a comunicação do Ministério Público Federal e que a dispensa da licitação foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União. Ele explicou que o aluguel do imóvel foi cancelado sem pagamentos porque a empresa locatária apresentou habite-se falso. Janot negou ainda que sua atuação seja midiática, e disse que se pauta exclusivamente no combate à corrupção. (Rodrigo Janot) Não há futuro viável se condescendermos agora com a corrupção, não há país possível sem respeito à lei. O que tem sido chamado de “espetacularização” da Lava Jato nada mais é do que a aplicação de princípio fundamental de uma república: todos são iguais perante a lei – pau que dá em Chico dá em Francisco. (Repórter) O procurador-geral disse ainda que a chamada “lista de Janot”, como ficou conhecida a divulgação de nomes dos investigados na Lava Jato, foi uma grande especulação, e que não foi feita por ele, mas pelos acusados que aceitaram fazer delação premiada.

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