Paim volta a defender rejeição da proposta que amplia a possibilidade de terceirização de mão-de-obra — Rádio Senado
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Paim volta a defender rejeição da proposta que amplia a possibilidade de terceirização de mão-de-obra

14/08/2015, 18h39 - ATUALIZADO EM 14/08/2015, 18h39
Duração de áudio: 01:56
Geraldo Magela / Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADOR PAULO PAIM, DO PT DO RIO GRANDE DO SUL, VOLTA A DEFENDER REJEIÇÃO DA PROPOSTA QUE AMPLIA A POSSIBILIDADE DE TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA. LOC: PARA ELE, INICIATIVA É UM RETROCESSO PARA OS TRABALHADORES. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter): O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, voltou a criticar a proposta que amplia as possibilidades de terceirização de mão de obra. Para ele, se o projeto for aprovado, na prática, vai revogar os direitos garantidos pela CLT. Paim tem se reunido com trabalhadores e diversos representantes da sociedade civil, que têm se manifestado contrários ao projeto: (PAIM): Olha, esse projeto é o retrocesso do mundo do trabalho, da relação entre empregado-empregador. Eu diria que é um processo lesa-pátria, lesa-humanidade. Reunindo centrais, federações, confederações, todo mundo do Judiciário, Anamatra, juízes do TST, procuradores, promotores, OAB, CNBB, todos são contra o projeto. (PENNA): Paim afirmou que há pelo menos 40 milhões de trabalhadores com carteira assinada na iniciativa privada e em empresas públicas, que estarão passíveis de demissão. E citou o caso do México, que aprovou uma legislação que permitiu a terceirização geral da mão de obra: (PAIM): E foi dado o exemplo do México, onde um banco tinha 32mil trabalhadores. Demitiu 30 mil e contratou 30 mil de uma empresa terceirizada com um percentual de salário correspondente a 30% a menos. E mesmo que esse projeto chegar a passar no Congresso - que eu espero que não passe - a presidente da República tem obrigação de vetar essa matéria. Ela que veta tanta coisa, como tem vetado, oriunda do Congresso, no campo do avanço social, eu espero que ela vete caso este projeto seja aprovado. (PENNA): Uma série de audiências públicas sobre o tema vem sendo realizadas nos estados pela Comissão de Direitos Humanos. A proposta vai passar por outras quatro comissões do Senado: Constituição e Justiça, Assuntos Econômicos, Ciência e Tecnologia e Educação. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini. PLC 30/2015

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