CCJ pode analisar nova forma de escolha dos suplentes de senadores — Rádio Senado

CCJ pode analisar nova forma de escolha dos suplentes de senadores

LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA PODE ANALISAR NA QUARTA-FEIRA UMA NOVA FORMA DE ESCOLHA DE SUPLENTES DE SENADORES. 

LOC: A PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO PREVÊ QUE NOS AFASTAMENTOS DOS SENADORES, ASSUMA O MANDATO O CANDIDATO COM MAIOR VOTAÇÃO DEPOIS DOS ELEITOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

TÉC: A Constituição Federal estabelece que cada senador seja eleito com dois suplentes, que fazem parte de seu partido ou coligação. Como a votação é majoritária, ou seja, o eleitor vota diretamente no candidato e não na legenda, quem aparece mais na campanha é quem encabeça a chapa. Esse modelo recebe muitas críticas, porque muitas vezes os senadores são substituídos por suplentes pouco conhecidos, o que cria a impressão de que eles são "eleitos sem votos". O senador Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, quer colocar uma pedra nessa questão mudando a forma de escolha dos suplentes, e para isso apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição. Para ele, a população vai se sentir mais representada se o substituto dos senadores for aquele que se saiu melhor nas urnas, logo depois dos eleitos. 

(Raimundo Lira) O primeiro suplente será o segundo mais votado, quando for o ano de eleição de um senador. E o segundo suplente será o terceiro candidato mais votado, independente de qualquer coligação. E no ano em que estiver em disputa os dois cargos de senadores, o primeiro suplente de todos será o terceiro candidato mais votado e o segundo suplente será o quarto candidato mais votado a senador. 

(Repórter) A relatora, senadora Simone Tebet, do PMDB de Mato Grosso do Sul, concorda que a falta de conhecimento dos suplentes pela população, no modelo atual, afeta a representatividade. Com o novo critério, todos os substitutos de senadores já terão exposto suas propostas para o eleitorado, durante a campanha. A emenda pode ainda incentivar a permanência no Senado, nos casos em que o próximo colocado nas eleições for de um partido adversário ao do senador eleito. As hipóteses de afastamento dos parlamentares continuam sendo as mesmas: licença, perda de mandato, renúncia ou morte do titular.
15/06/2015, 02h03 - ATUALIZADO EM 15/06/2015, 02h03
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