Cigarro e derivados do tabaco poderão ficar mais caros — Rádio Senado

Cigarro e derivados do tabaco poderão ficar mais caros

LOC: CIGARROS E OUTROS DERIVADOS DE TABACO PODERÃO FICAR MAIS CAROS PARA FINANCIAR O TRATAMENTO DE DOENÇAS CAUSADAS PELO FUMO E ESTIMULAR O PRODUTOR A MUDAR DE RAMO. 

LOC: A PROPOSTA ESTÁ PRONTA PARA SER VOTADA NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DO SENADO, COMO INFORMA O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. 

(Repórter) O Fundo Nacional da Fumicultura terá o objetivo de financiar o tratamento de doenças decorrentes do uso do tabaco e de incentivar agricultores a reduzir a lavoura de fumo e a diversificar a produção. 38% do total serão destinados ao estudo e tratamento das doenças; 30% ao produtor rural; 13 para a estrutura necessária para mudar a lavoura; sete e meio por cento a repasses para os trabalhadores; seis e meio para pesquisa e desenvolvimento de novas culturas; e 5% para melhorias nas polícias de fronteira. A maior parte do dinheiro virá de uma nova contribuição, a Cide-Fumo, de 15% sobre a importação, fabricação e venda de charutos, cigarrilhas e cigarros. O tributo não será cobrado, no entanto, do fumo produzido para exportação. A proposta aumenta ainda as alíquotas de Cofins, PIS/Pasep e Contribuição sobre o Lucro Líquido na produção de cigarros. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, que foi o relator na Comissão de Direitos Humanos, acredita que o aumento do preço do cigarro deve ainda desestimular o consumo. 

(Paulo Paim) O aumento do preço dos produtos de tabaco é uma das medidas mais efetivas para a redução do consumo. Também é sabido que o preço do cigarro brasileiro é um dos mais baratos do mundo. Interferir na tributação constitui a forma mais justa de aumentar o preço do produto, pois permite carrear recursos para ações de controle do tabagismo. 

(Repórter) O relator na Comissão de Constituição e Justiça, Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, fez apenas uma modificação. O imposto para importação de cigarros e charutos, que segundo o relatório de Paulo Paim seria de 100%, será igualado ao cobrado dentro do Brasil, de 15%. Gurgacz explicou que o acordo de tarifas e comércio, um tratado internacional, prevê que quando um produto importado entra no País, ele deve ter o mesmo tratamento que os similares nacionais.
24/07/2014, 06h17 - ATUALIZADO EM 24/07/2014, 06h17
Duração de áudio: 01:49
Ao vivo
00:0000:00