CE debate multa para pais que não acompanham desempenho de filhos
LOC: PAIS QUE NÃO ACOMPANHAREM O DESEMPENHO DOS FILHOS NA ESCOLA DEVEM SER PUNIDOS?
LOC: PROJETO DE LEI QUE ESTABELECE MULTA PARA ESSES CASOS FOI DEBATIDO NESTA QUARTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE DO SENADO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
TÉC: Quem deixa de votar paga uma multa de 3 a 10 por cento do salário mínimo para regularizar sua situação como eleitor. A ideia de Cristovam Buarque, senador do PDT do Distrito Federal, é aplicar a mesma penalidade aos pais que deixarem de comparecer pelo menos uma vez a cada dois meses na escola para acompanhar o desempenho dos filhos. Cristovam diz que seria uma atitude coerente da sociedade.
(CRISTOVAM): Se a gente penaliza a paternidade no caso da pensão, e tem que penalizar mesmo. E a pensão que compra comida é tão importante para o ser humano quanto a ida à escola do filho. Igual. Só que a comida é mais urgente. Se você não der hoje sente hoje que não comeu. O remédio sente hoje. A escola só sente daqui a 20 anos.
(REPÓRTER): Mas para a representante do Ministério da Educação, Clélia Brandão, é preciso primeiro que a escola conquiste a família. O pesquisador Célio Cunha perguntou se seria justo punir apenas os pais.
(CÉLIO): Bom, vamos responsabilizar então todos os atores do processo educativo, os pais, prefeitos, governantes, parlamentares, são vários atores, a própria sociedade.
(REPÓRTER): Outro pesquisador, Cândido Gomes, lamentou que a escola ainda desperte sentimentos negativos em grande parte da população. Ele comentou o caso de uma professora que, pensando em reverter isso, chamou o pai de aluno para fazer um elogio.
(CÂNDIDO): O pai ao chegar à escola disse. Professora, a surra eu já dei. Agora a senhora me diga o que meu filho fez de errado. Então essa é a tradição que pauta o nosso relacionamento.
(REPÓRTER): Já o representante da OAB, Antônio Oneildo Ferreira, sugeriu em vez de punição, uma licença semestral para que os pais pudessem ir à escola. O projeto do senador Cristovam Buarque será analisado na Comissão de Educação e depois na Comissão de Constituição e Justiça.
LOC: PROJETO DE LEI QUE ESTABELECE MULTA PARA ESSES CASOS FOI DEBATIDO NESTA QUARTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE DO SENADO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
TÉC: Quem deixa de votar paga uma multa de 3 a 10 por cento do salário mínimo para regularizar sua situação como eleitor. A ideia de Cristovam Buarque, senador do PDT do Distrito Federal, é aplicar a mesma penalidade aos pais que deixarem de comparecer pelo menos uma vez a cada dois meses na escola para acompanhar o desempenho dos filhos. Cristovam diz que seria uma atitude coerente da sociedade.
(CRISTOVAM): Se a gente penaliza a paternidade no caso da pensão, e tem que penalizar mesmo. E a pensão que compra comida é tão importante para o ser humano quanto a ida à escola do filho. Igual. Só que a comida é mais urgente. Se você não der hoje sente hoje que não comeu. O remédio sente hoje. A escola só sente daqui a 20 anos.
(REPÓRTER): Mas para a representante do Ministério da Educação, Clélia Brandão, é preciso primeiro que a escola conquiste a família. O pesquisador Célio Cunha perguntou se seria justo punir apenas os pais.
(CÉLIO): Bom, vamos responsabilizar então todos os atores do processo educativo, os pais, prefeitos, governantes, parlamentares, são vários atores, a própria sociedade.
(REPÓRTER): Outro pesquisador, Cândido Gomes, lamentou que a escola ainda desperte sentimentos negativos em grande parte da população. Ele comentou o caso de uma professora que, pensando em reverter isso, chamou o pai de aluno para fazer um elogio.
(CÂNDIDO): O pai ao chegar à escola disse. Professora, a surra eu já dei. Agora a senhora me diga o que meu filho fez de errado. Então essa é a tradição que pauta o nosso relacionamento.
(REPÓRTER): Já o representante da OAB, Antônio Oneildo Ferreira, sugeriu em vez de punição, uma licença semestral para que os pais pudessem ir à escola. O projeto do senador Cristovam Buarque será analisado na Comissão de Educação e depois na Comissão de Constituição e Justiça.
