Decisão do STF sobre criação de novos partidos divide senadores — Rádio Senado

Decisão do STF sobre criação de novos partidos divide senadores

LOC: OS SENADORES SE DIVIDEM SOBRE DECISÃO DO STF DE SUSPENDER VOTAÇÃO DE PROJETO QUE DIFICULTA CRIAÇÃO DE NOVOS PARTIDOS.
 
LOC: PARA ALGUNS, A LIMINAR SOLICITADA PELO SENADOR RODRIGO ROLLEMBERG DO PSB DO DISTRITO FEDERAL REACENDE UMA CRISE ENTRE OS PODERES. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

(Repórter) No momento em que o Plenário rejeitava a urgência para votação da proposta que impede a transferência de tempo de propaganda e de recursos do Fundo Partidário para legendas recém-criadas que filiarem deputados federais já eleitos, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, concedia uma liminar suspendendo a apreciação do projeto. Para o senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, a decisão é uma interferência no processo legislativo porque a proposta ainda não foi votada.
 
(Roberto Requião) Se ela for inconstitucional, provocado, aí sim o STF poderia tomar uma atitude. Mas impedir discussão do Congresso é uma provação e leva à retaliação e ao conflito.
 
(Repórter) O senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, considera acertada a medida diante da articulação do governo para aprovar logo o projeto.
 
(Aloysio Nunes Ferreira) Foi uma decisão correta e prova que tínhamos razão quando pleiteávamos que essa matéria passasse pela CCJ. O Senado acabou pagando um mico e recebeu uma reprimenda. 

(Repórter) Já o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, defende que o Senado recorra da decisão do Supremo.
 
(Humberto Costa) Acho que o Senado tem que fazer alguma coisa: recorrer de imediato para o Pleno, interceder junto ao próprio ministro que deu essa liminar. Não podemos ficar calados. Temos a soberania do voto. 

(Repórter) O senador Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, citou que a liminar está correta, já que o Congresso corria para votar o projeto.
 
(Pedro Taques) Não adianta dizerem que a decisão do ministro Gilmar Mendes é uma intromissão dentro do Legislativo. O Legislativo pode nos limites da Constituição. Mas não pode tudo quando viola esta mesma Constituição. 

(Repórter) Apesar das críticas, o senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, negou qualquer crise entre os Poderes.
 
(Romero Jucá) Cabe ao Senado acatar e se for o caso, o Senado recorrer tentando votar a matéria. O Supremo está no papel dele, inclusive, foi demandado por um senador. Portanto, não há nenhum tipo de interferência nesta questão.
 
(Repórter) A liminar concedida a pedido do senador Rodrigo Rollemberg, do PSB do Distrito Federal, ainda será julgada pelo Plenário do STF, o que ainda não tem uma data.
25/04/2013, 01h50 - ATUALIZADO EM 25/04/2013, 01h50
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