Aníbal teme que prisões aumentem animosidade contra brasileiros na Bolívia — Rádio Senado

Aníbal teme que prisões aumentem animosidade contra brasileiros na Bolívia

LOC: O SENADOR ANÍBAL DINIZ, DO PT DO ACRE, ALERTOU QUE A PRISÃO DE 12 TORCEDORES CORINTIANOS NA BOLÍVIA PODE AGRAVAR AINDA MAIS O CLIMA DE TENSÃO ENTRE BRASILEIROS E BOLIVIANOS NAQUELE PAÍS. 

LOC: ELE TAMBÉM COBROU QUE O MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES ESCLAREÇA OS CASOS DE MORTE E AGRESSÕES CONTRA OS PRESOS BRASILEIROS NAS PENITÉNCIÁRIAS BOLIVIANAS. REPÓRTER GEORGE CARDIM. 

(Repórter) A justiça boliviana decretou a prisão preventiva dos doze torcedores do Corinthians indiciados pela morte do estudante Kevin Beltrán, na última quarta-feira. O garoto de 14 anos foi atingido por um sinalizador disparado durante a partida entre o San José e Corinthians, pela Copa Libertadores da América, no estádio da cidade boliviana de Oruro. O senador Aníbal Diniz, do PT do Acre, disse que o episódio causou uma comoção nacional e pode provocar um aumento da violência entre brasileiros e bolivianos no país vizinho. Aníbal Diniz lamentou o atual clima de tensão e citou casos de brasileiros que estão sofrendo preconceito e agressões, como os estudantes de medicina e os presos em penitenciárias bolivianas. 

(Aníbal Diniz) “Este episódio no jogo do Corinthians é algo que só vem acirrar este clima. Já existe esta animosidade, infelizmente porque são povos irmãos e a gente devia se pautar pela animosidade. Parece que quando existe uma fagulha de incêndio, qualquer motivo é motivo para complicar ainda mais esta situação, com a pior da reciprocidade. Do jeito que brasileiros estão sendo maltratados na Bolívia, pode ser que comece a ter manifestações de maus tratos de bolivianos aqui no Brasil” 

(Repórter) O senador também voltou a cobrar explicações do Ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, sobre a atuação do Itamaraty e a situação de brasileiros presos na Bolívia. No carnaval, cinco detentos brasileiros foram espancados por mais de cem bolivianos no presídio Villa Bush, em Cobija, na Bolívia, perto da fronteira com o Acre. Um deles morreu, outro está internado gravemente ferido e os outros foram ameaçados de morte na volta ao presídio.
22/02/2013, 05h57 - ATUALIZADO EM 22/02/2013, 05h57
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