Projeto proíbe visita íntima para presos do crime organizado — Rádio Senado

Projeto proíbe visita íntima para presos do crime organizado

LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DEVE ANALISAR NA PRÓXIMA SEMANA UM PROJETO QUE PROÍBE A VISITA ÍNTIMA PARA PRESOS PROVISÓRIOS E INTEGRANTES DO CRIME ORGANIZADO. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER GEORGE CARDIM.  

(REPÓRTER): O projeto do senador Pedro Taques, do PDT do Mato Grosso, altera a Lei de Execução Penal e proíbe temporariamente a visita íntima aos presos provisórios ou condenados submetidos ao Regime Disci-plinar Diferenciado por envolvimento em organização criminosa, quadrilha ou bando. O RDD tem duração limitada de 360 dias, prorrogáveis por igual período. O relator, senador Demóstenes Torres, do Democratas de Goiás, lembrou que as salas íntimas em penitenciárias de segurança máxima só existem no Brasil. E justificou que a iniciativa busca diminuir o risco dos cônjuges serem usados para trocar informações e levar instruções para as quadrilhas que agem fora dos presídios. Demóstenes lembrou os casos de presos perigosos que comandam organizações criminosas de dentro das penitenciárias. 

(DEMÓSTENES TORRES): Para impedir que ele passe para os membros de sua quadrilha quaisquer informações. E vamos repetir: há vídeos autorizados pela Justiça, há gravações telefônicas que comprovam que muitas vezes as mulheres, as namoradas ou os namorados, homens ou mulheres, acabam fazendo esse papel – e vou usar essa expressão – de “pombo correio”, que é o de levar mensagens de dentro para fora do presídio.

(REPÓRTER): A proposta é polêmica e dividiu a opinião dos parlamentares.A senadora Marta sulpicy, do PT de São Paulo, argumentou que o projeto fere o direito dos presos de preservarem suas relações afetivas. 

(MARTA SUPLICY): Hoje já temos uma revista íntima que é pesadíssima. / Então, essa prevenção já existe. Agora está se esquecendo de algo que é extremamente, que são as relações afetivas, as relações familiares, de um bandido preso. Não é porque ele é bandido que ele não possa ser casado.

(REPÓRTER): Se aprovada na CCJ, a matéria segue para a Câmara dos Deputados.
23/11/2011, 00h52 - ATUALIZADO EM 23/11/2011, 00h52
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