CCJ aprova criação do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear — Rádio Senado

CCJ aprova criação do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear

LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA APROVOU A CRIAÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO AO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO.  

LOC: DURANTE O DEBATE, OS SENADORES DISCUTIRAM A POSSIBILIDADE DE SUSPENDER A CONSTRUÇÃO DE NOVAS USINAS NUCLEARES NO PAÍS. REPÓRTER GEORGE CARDIM.  

(REPÓRTER): O Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro busca garantir a segurança aos trabalhadores do setor e às instalações e projetos nucleares. O sistema deve elaborar os planos de prevenção de acidentes e de emergência para preservar o meio ambiente e atender a população que vive nas proximidades das usinas nucleares. O relator da matéria, senador Aloísio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, lembrou que o Sipron foi criado em 1980, mas com o passar do tempo ficou desatualizado. Ele lamentou que a proposta esteja em discussão no Congresso há quase oito anos. E disse que o sistema controlado pelo Governo federal é indispensável, já que o país estuda expandir a produção de energia nuclear e iniciou as obras da Usina Angra 3, no Rio de Janeiro.

(SENADOR ALOÍSIO NUNES): Um projeto dessa importância, dessa importância estratégica para o País, que já tem agora duas usinas nucleares, que está construindo uma terceira usina nuclear, que tem um programa de expansão da produção de energia nuclear. Esse projeto de lei que institui o Sistema de Proteção ao Programa Nuclear, absolutamente indispensável à segurança das populações.

(REPÓRTER): Durante o debate, os senadores discutiram a possibilidade de suspender a construção de novas usinas nucleares no país. O senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, defendeu um projeto para impedir novas instalações nos próximos trinta anos. O senador Eduardo Suplicy, do PT de São Paulo, apresentou uma proposta que prevê uma consulta popular sobre o assunto. Já o senador Inácio Arruda, do PC do B do Ceará, considerou que na prática, a expansão do Programa Nuclear Brasileiro está paralisada. No entanto, ele defende que o Brasil não pode abrir mão de fontes alternativas de energia. A proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e vai ser analisada pela Comissão de Ciência e Tecnologia antes de seguir para o plenário do Senado.
17/11/2011, 00h49 - ATUALIZADO EM 17/11/2011, 00h49
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