Trem-bala recebe sinal verde para sair do papel — Rádio Senado

Trem-bala recebe sinal verde para sair do papel

LOC: O SENADO APROVOU NA SEMANA O FINANCIAMENTO DO TREM-BALA E AJUDA A PEQUENOS AGRICULTORES AFETADOS POR CALAMIDADES. 

LOC: OS SENADORES TAMBÉM DEBATERAM A REFORMA POLÍTICA E UM PLEBISCITO SOBRE O DESARMAMENTO. O BALANÇO DA SEMANA, NA REPORTAGEM DE ADRIANO FARIA:

TÉC: Sinal verde para o trem de alta velocidade que vai ligar Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. O Senado aprovou na quarta-feira a medida provisória que autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social a financiar o projeto até o limite de 20 bilhões de reais. Se o trem-bala poderá chegar a 200 quilômetros por hora, o debate no plenário foi demorado: durou mais de cinco horas. Senadores da oposição, como Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, questionaram a necessidade de uma obra que tem custo estimado em 35 bilhões de reais. (ALOYSIO) O que é mais urgente: fazer o trem bala para resolver o problema de viagem de passageiro de alto nível de renda ou fazer metrô e trem metropolitano? (REPÓRTER) Já o senador Marcelo Crivella, do PRB do Rio de Janeiro, disse que o Brasil gasta 24 bilhões de reais por ano no tratamento de vítimas de acidentes de trânsito. E o trem-bala vai ser uma alternativa à Via Dutra, a estrada mais movimentada do país. (CRIVELLA) Vinte quatro bilhões é mais da metade do que nós estamos fazendo para criar um trem-bala seguro, confortável. (REPÓRTER) A medida provisória do trem-bala foi aprovada poucos dias antes de perder a validade, e é para acabar com essa situação que o Senado está discutindo um novo rito de votação de MPs. O senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, apresentou à Comissão de Constituição e Justiça o relatório da proposta de emenda constitucional que define prazos para a Câmara e o Senado analisarem uma medida provisória. Os deputados teriam 60 dias para votar a matéria, e os senadores, 50. Se esses prazos não forem cumpridos, a MP perderia a validade. A proposta causou polêmica na CCJ, que adiou a votação em pelo menos uma semana. Aécio Neves disse que a intenção é acabar com a edição excessiva de medidas provisórias. (AÉCIO) Criou-se uma verdadeira usina de geração de medidas provisórias dentro do próprio governo ¿ de todos os governos. (REPÓRTER) A proposta original foi do presidente do Senado, José Sarney, do PMDB do Amapá. Outra iniciativa de Sarney foi a apresentação de um projeto que marca um plebiscito sobre o desarmamento para dois de outubro deste ano. Depois do massacre na escola em Realengo, no Rio, o senador acha que a população deve ser novamente consultada sobre o comércio de armas de fogo, a exemplo do que aconteceu no referendo de 2005. (SARNEY) A venda de armas no país de nenhum modo alcançou aquilo que eles julgavam, que era garantir o cidadão. Ao contrário: não garantiu o cidadão. Ela torna mais vulnerável o cidadão. (REPÓRTER) Ainda na semana, o senador José Sarney decidiu prorrogar até 20 de maio os trabalhos da Comissão de Reforma Política. Até lá, a comissão vai transformar em projetos as mudanças aprovadas em 45 dias de debates. Entre elas: financiamento público de campanha, fim da reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos e lista fechada, em que o eleitor vota no partido e não mais em candidatos a deputado ou vereador. O presidente da comissão, senador Francisco Dornelles, do PP do Rio de Janeiro, anunciou que cada tema vai ter um projeto, em vez de uma proposta global de reforma política. (DORNELLES) Isso facilitaria muito o trabalho. À medida que nós formos finalizando cada um dos projetos, nós vamos enviá-los aos membros da comissão. (REPÓRTER) Enquanto a reforma política ainda terá que passar por várias etapas no Senado, um projeto que beneficia os pequenos agricultores já pode ser enviado para a Câmara. A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária aprovou o uso do Fundo de Calamidades Públicas para recuperar pequenas propriedades rurais afetadas por desastres climáticos. A senadora Glesi Hoffmann, do PT do Paraná, disse que decidiu
15/04/2011, 11h45 - ATUALIZADO EM 15/04/2011, 11h45
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