Comissão aprova voto proporcional em lista fechada para Legislativo — Rádio Senado

Comissão aprova voto proporcional em lista fechada para Legislativo

LOC: A COMISSÃO DA REFORMA POLÍTICA DO SENADO APROVOU O VOTO PROPORCIONAL EM LISTA FECHADA NA ESCOLHA DOS DEPUTADOS FEDERAIS, ESTADUAIS, DISTRITAIS E VEREADORES. Se a proposta aprovada pela maioria dos integrantes da Comissão da Reforma Política do Senado virar lei, os eleitores não vão mais escolher os nomes dos candidatos a deputado federal, estadual, distrital ou vereador. O cidadão vai votar no partido que, por sua vez, apresentará uma lista de nomes pré-ordenada ao eleitor. O voto proporcional em lista fechada recebeu nove votos na comissão. A idéia foi defendida pelo Partido dos Trabalhadores, como explicou o líder, senador Humberto Costa, de Pernambuco (HUMBERTO COSTA): nós apoiamos esse modelo porque nós entendemos que a democracia precisa de partidos fortes. Vota-se pela proposta, pelo conteúdo ideológico, pelo ideário que o partido representa. E os representantes serão aqueles que dentro da vida partidária mereçam a confiança do eleitorado, mas também dos seus filiados. E principalmente pq essa é a melhor proposta para a adoção do financiamento público, pq há ai um real barateamento das campanhas. (MAURÍCIO): O presidente da Comissão da Reforma Política, senador Francisco Dornelles, do PP do Rio de Janeiro, defendia um modelo diferente do aprovado. Ele lembra que a proposta da Comissão será ainda submetida à Comissão de Constituição e Justiça, ao plenário do Senado e à Câmara dos Deputados: (FRANCISCO DORNELLES): eu defendia o voto majoritário que é aquele sistema que quem tem voto se elege, o povo elege diretamente o candidato. Prevaleceu e eu respeito o voto proporcional em lista fechada, que retira do eleitorado o direito de escolher o seu candidato. Eu acho que a pior situação que poderia ocorrer na comissão é a não tomada de decisão, que vai ser inclusive submetida à votação do plenário. (MAURÍCIO): Na próxima terça-feira, 05 de abril, a comissão da reforma política volta a se reunir para debater o financiamento eleitoral, fidelidade partidária, candidatura avulsa, clausula de desempenho e domicílio eleitoral.
29/03/2011, 07h42 - ATUALIZADO EM 29/03/2011, 07h42
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