Presidente da comissão critica forma como governo conduziu caso Battisti — Rádio Senado

Presidente da comissão critica forma como governo conduziu caso Battisti

LOC: O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES, SENADOR EDUARDO AZEREDO, CRITICA A CONDUÇÃO FEITA PELO GOVERNO NO CASO BATTISTI. LOC: MAS ACREDITA QUE A EXPOSIÇÃO DO EX-PRESIDENTE LULA NO CASO DOS PASSAPORTES DE SEUS FILHOS É EXAGERADA. Tem causado polêmica o fato do Itamaraty ter renovado o passaporte diplomático de 2 filhos do ex-presidente lula: Luis Claudio e Marcos Claudio. Foi utilizado pelo ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o trecho da lei que permite a concessão deste tipo de passaporte em virtude do interesse do país, já que ambos não teriam direito a ele apenas por serem filhos do ex-presidente. Este tipo de passaporte permite a seu portador escapar de filas nos aeroportos e entrar em alguns países sem ter o visto. Regalias pequenas, no entender do presidente da Comissão de Relações Exteriores senador Eduardo Azeredo do PSDB de Minas Gerais, e por isso ele acredita que foi um erro dos filhos de Lula ter exposto o ex-presidente a este tipo de assunto nos últimos dias de seu mandato. (AZEREDO) As diferenças entre um passaporte diplomático e um passaporte comum não são tão grandes assim. São pequenas as diferenças. Não precisava o presidente no fim do seu mandato ser criticado por um assunto desse. Os filhos dele não precisavam ter exposto o presidente Lula desta forma. (REP) Mas Azeredo criticou a condução feita por Lula ao decidir não extraditar o ex-terrorista italiano Cesare Battisti a seu país de origem, uma vez que ele foi condenado lá por 4 assassinatos quando fazia parte do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, nos anos 70. (AZEREDO) Foi um dos maiores erros da política externa do seu governo. Sempre que tivemos problemas em relação a países com dirigentes de espírito totalitário, como Cuba como Irã, ele justificou dizendo que tínhamos de respeitar as questões internas dos países. E no caso da Itália, que é um país com democracia, ele duvidou da Justiça italiana. Daí realmente o posicionamento que tomei como presidente da Comissão de Relações Exteriores, mostrando que uma grande parcela da população brasileira não concorda com a decisão tomada pelo Presidente. (REP) A Comissão de Relações Exteriores volta a se reunir em fevereiro, quando os senadores devem eleger os novos presidente e vice do colegiado.
07/01/2011, 00h48 - ATUALIZADO EM 07/01/2011, 00h48
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