Eleição de Dilma e valor do novo mínimo foram temas da semana passada — Rádio Senado

Eleição de Dilma e valor do novo mínimo foram temas da semana passada

LOC: A ELEIÇÃO DE DILMA ROUSSEFF PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA FOI UM DOS ASSUNTOS DA SEMANA PASSADA NO SENADO FEDERAL. 

LOC: OS SENADORES TAMBÉM DISCUTIRAM O PAPEL DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA E O NOVO VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO. 

TÉC: Quem acompanhou a sessão do Senado da terça-feira assistiu a vários senadores fazerem uma análise da eleição presidencial, dois dias depois da vitória da candidata do PT, Dilma Roussef, na disputa contra José Serra, do PSDB. Líder do governo no Congresso, a senadora Ideli Salvatti, do PT de Santa Catarina, comemorou o resultado e disse que a presidente eleita terá a oportunidade de instalar definitivamente a democracia social no Brasil. Ideli, no entanto, lamentou o que chamou de ¿ódio¿ durante a campanha eleitoral. (IDELI) É melhor que a gente extirpe esse ódio o mais rapidamente possível da sociedade brasileira. (REPÓRTER) Serys Slhessarenko, do PT de Mato Grosso, destacou a eleição da primeira mulher para a Presidência da República. E defendeu uma reforma política que acabe com a hegemonia masculina nos partidos. (SERYS) Uma reforma política que viabilize de fato a participação de todos, independentemente, de homens e mulheres. (REPÓRTER) Comemoração entre a base do governo, alerta por parte de senadores dos partidos de oposição. Marisa Serrano, do PSDB de Mato Grosso do Sul, questionou a capacidade da presidente eleita, Dilma Rousseff, de fazer eventuais mudanças em ações do governo Lula. (MARISA) Haverá espaço para ajustes? Para reversão do aparelhamento do Estado? Haverá condições para segurar os gastos públicos abusivos? (REPÓRTER) Já Antonio Carlos Júnior, do Democratas da Bahia, prevê uma oposição aguerrida no Senado ao governo Dilma, apesar da redução da bancada dos partidos que apoiaram a candidatura de José Serra. (ACM Jr.) Não pense que o governo terá vida fácil no Senado Federal. A presidente tenha certeza de que terá que negociar muito e em alto nível com o Senado se quiser o apoio desta Casa. (REPÓRTER) Além de discursos no plenário, a semana no Senado teve votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. A CCJ aprovou na quarta a proposta de emenda constitucional que retira do vice-presidente da República a condição de sucessor, caso o cargo de presidente fique vago por morte ou renúncia. Se essa situação ocorrer nos dois primeiros anos de mandato, haveria eleição direta no prazo de 90 dias. Nos dois últimos anos, eleição de novo presidente pelo Congresso Nacional dentro de 30 dias. A proposta também prevê novas regras para a substituição de deputado federal, como explicou o relator, Demóstenes Torres, do Democratas de Goiás. (DEMÓSTENES) Ocorrendo vaga de deputado e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de 15 meses para o término do mandato. (REPÓRTER) A semana também teve debate em torno do novo salário mínimo, que será definido no Orçamento da União de 2011. As centrais sindicais apresentaram a reivindicação de um mínimo de 580 reais. O governo propôs 540. No meio da discussão, está o relator-geral do Orçamento, senador Gim Argello, do PTB do Distrito Federal. (GIM) Se a realidade for 540 e eu não puder aumentar, vai ser 540. Se nós pudermos aumentar o salário mínimo para 550, vai ser 550. (REPÓRTER) Gim Argello informou que o novo valor do salário mínimo vai ser discutido nesta segunda-feira, numa reunião com a equipe econômica do governo. Da Rádio Senado, Adriano Faria.
05/11/2010, 11h55 - ATUALIZADO EM 05/11/2010, 11h55
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