Dornelles quer votar proposta que acaba com voto proporcional
LOC: O SENADOR FRANCISCO DORNELLES PEDIRÁ AOS LÍDERES PARTIDÁRIOS QUE PRIORIZEM A PROPOSTA QUE ACABA COM O VOTO PROPORCIONAL.
LOC: ELE DEFENDE QUE SEJAM ELEITOS OS DEPUTADOS E VEREADORES MAIS VOTADOS, INDEPENDENTEMENTE DO DESEMPENHO DO PARTIDO.
O senador Francisco Dornelles, do PP do Rio de Janeiro, vai defender que seja incluída na pauta do plenário a Proposta de Emenda à Constituição que acaba com o voto proporcional. O atual sistema vale para a eleição de deputados federais, estaduais e distritais, além de vereadores. Neste caso, a Justiça Eleitoral soma os votos conquistados pelos partidos e divide pelo número de vagas nas Câmaras Federal, Distrital, municipais e Assembleias. Já nas eleições para presidente da República, governadores, prefeitos e senadores, o candidato com o maior número de votos conquista o mandato. Francisco Dornelles avalia que o sistema majoritário deve valer para todos os cargos. Ele argumenta que além de confundir o eleitor, a eleição proporcional ainda elege políticos que não conseguiram um número expressivo de votos. Por exemplo, o candidato à Câmara dos Deputados por São Paulo, Tiririca, do PR, elegeu outros 3 colegas com seus mais de 1 milhão e 300 mil votos. Dornelles alerta que alguns partidos se valem de figuras famosas para conquistar uma bancada maior. Ele lembra que muitos candidatos eleitos não assumem o mandato porque o partido não obteve o número de votos suficientes. (Dornelles) Você vota numa pessoa e elege outra. Você lança uma pessoa, por exemplo, que tem um grande appeal num determinado campo de atividade. Ele tem direito de ser eleito, não sou contra e não tenho objeção à eleição de qualquer pessoa. Acho que a soberania popular tem que ser muito ampla. Mas acho que ninguém pode transferir votos, ou seja, você não pode receber votos do eleitor e transferir parte desses votos para outros candidatos. Você tem situações em que candidatos que têm 90 mil votos e outros com 10 mil são eleitos. (Repórter) Na proposta, o senador sugere o chamado voto "distritão", que vai eleger os candidatos mais votados. Dornelles admite que o voto distrital puro não será viável pela dificuldade da divisão dos estados em distritos conforme o tamanho da população ou do território. Além disso, haverá uma disputa dentro dos partidos para a indicação dos candidatos por área. (Dornelles) Sou totalmente a favor ao voto distrital. Acho que cada Estado deveria ser dividido em distrito, e cada distrito deveria ter seu parlamentar. Mas reconheço que a divisão do estado em distrito é muito complexa, muito difícil, muito polêmica e demorada. Acho que você tem uma maneira de terminar com o voto proporcional sem adotar o voto distrital puro. Qual é o caminho? É adotar o "distritão", cada estado seria um distrito e os mais votados nesse "distritão" seriam eleitos. (Repórter) A proposta que acaba com o voto proporcional foi aprovada em maio pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Agora, precisa passar por dois turnos de votação no plenário antes de ser encaminhada para a Câmara dos Deputados.
LOC: ELE DEFENDE QUE SEJAM ELEITOS OS DEPUTADOS E VEREADORES MAIS VOTADOS, INDEPENDENTEMENTE DO DESEMPENHO DO PARTIDO.
O senador Francisco Dornelles, do PP do Rio de Janeiro, vai defender que seja incluída na pauta do plenário a Proposta de Emenda à Constituição que acaba com o voto proporcional. O atual sistema vale para a eleição de deputados federais, estaduais e distritais, além de vereadores. Neste caso, a Justiça Eleitoral soma os votos conquistados pelos partidos e divide pelo número de vagas nas Câmaras Federal, Distrital, municipais e Assembleias. Já nas eleições para presidente da República, governadores, prefeitos e senadores, o candidato com o maior número de votos conquista o mandato. Francisco Dornelles avalia que o sistema majoritário deve valer para todos os cargos. Ele argumenta que além de confundir o eleitor, a eleição proporcional ainda elege políticos que não conseguiram um número expressivo de votos. Por exemplo, o candidato à Câmara dos Deputados por São Paulo, Tiririca, do PR, elegeu outros 3 colegas com seus mais de 1 milhão e 300 mil votos. Dornelles alerta que alguns partidos se valem de figuras famosas para conquistar uma bancada maior. Ele lembra que muitos candidatos eleitos não assumem o mandato porque o partido não obteve o número de votos suficientes. (Dornelles) Você vota numa pessoa e elege outra. Você lança uma pessoa, por exemplo, que tem um grande appeal num determinado campo de atividade. Ele tem direito de ser eleito, não sou contra e não tenho objeção à eleição de qualquer pessoa. Acho que a soberania popular tem que ser muito ampla. Mas acho que ninguém pode transferir votos, ou seja, você não pode receber votos do eleitor e transferir parte desses votos para outros candidatos. Você tem situações em que candidatos que têm 90 mil votos e outros com 10 mil são eleitos. (Repórter) Na proposta, o senador sugere o chamado voto "distritão", que vai eleger os candidatos mais votados. Dornelles admite que o voto distrital puro não será viável pela dificuldade da divisão dos estados em distritos conforme o tamanho da população ou do território. Além disso, haverá uma disputa dentro dos partidos para a indicação dos candidatos por área. (Dornelles) Sou totalmente a favor ao voto distrital. Acho que cada Estado deveria ser dividido em distrito, e cada distrito deveria ter seu parlamentar. Mas reconheço que a divisão do estado em distrito é muito complexa, muito difícil, muito polêmica e demorada. Acho que você tem uma maneira de terminar com o voto proporcional sem adotar o voto distrital puro. Qual é o caminho? É adotar o "distritão", cada estado seria um distrito e os mais votados nesse "distritão" seriam eleitos. (Repórter) A proposta que acaba com o voto proporcional foi aprovada em maio pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Agora, precisa passar por dois turnos de votação no plenário antes de ser encaminhada para a Câmara dos Deputados.