Boletim.leg - Edição das 14h
CCJ aprova penas mais duras para crimes cometidos por adolescentes. Comissão de Direitos Humanos aprova Estatuto da Vítima.

Transcrição
CCJ APROVA PENAS MAIS DURAS PARA CRIMES COMETIDOS POR ADOLESCENTES:
(sen. Fabiano Contarato) "Não estamos falando em redução de maioridade penal."
COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS APROVA ESTATUTO DA VÍTIMA
... EU SOU TIAGO MEDEIROS E ESTE É O BOLETIM PONTO LEG
A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA APROVOU O RELATÓRIO DO SENADOR FLÁVIO BOLSONARO, DO PL DO RIO DE JANEIRO, SOBRE O PROJETO QUE ENDURECE PENAS PARA CRIMES COMETIDOS POR ADOLESCENTES.
A PROPOSTA AINDA SERÁ VOTADA MAIS UMA VEZ NA CCJ ANTES DE SEGUIR PARA A ANÁLISE DOS DEPUTADOS. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
Aprovado na Comissão de Constituição e Justiça, o projeto pune com mais rigor infrações cometidas por adolescentes. O texto cria a audiência de custódia em até 24 horas após prisão em flagrante e acaba com o limite de 45 dias para a internação provisória, ou seja, a que acontece antes da sentença. O prazo máximo de internação, que hoje é de três anos, passa a ser de cinco anos. Em caso de infração cometida com violência ou grave ameaça; crime hediondo, como o estupro; ou equiparado a hediondo, como tráfico de drogas e tortura, o prazo de internação pode ser de até 10 anos.
Ainda de acordo com o projeto, haverá transferência de unidade de quem completar a maioridade durante o cumprimento da pena; mas esse lugar não poderá ser uma prisão comum, para adultos; isto para garantir o cumprimento das medidas socioeducativas definidas pelo juiz.
Para o autor do projeto, senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, as mudanças dão uma resposta mais dura a crimes graves sem precisar entrar no debate sobre redução da maioridade penal:
(sen. Fabiano Contarato) "Não estamos falando em redução de maioridade penal, nós estamos ampliando, mantendo o que é até 3, está indo para até 5, ou nos casos de violência, ato infracional praticado com violência, grave ameaça ou equiparado a hediondo, podendo chegar ao limite de 10 anos."
O texto passará por mais uma votação na CCJ antes de seguir para a análise dos deputados.
ADULTERAR BEBIDAS E ALIMENTOS PODE SE TORNAR CRIME HEDIONDO.
É O QUE DIZ UMA PROPOSTA EM DEBATE NO SENADO. REPÓRTER RAÍSSA ABREU.
O presidente da Comissão de Segurança Pública, senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, apresentou um projeto que torna crime hediondo a adulteração de produtos alimentícios ou bebidas destinadas ao consumo humano quando o resultado for lesão grave ou morte. Flávio lamentou os casos recentes de intoxicação por metanol presente em bebidas adulteradas.
(sen. Flávio Bolsonaro) "Trata-se de uma resposta firme e necessária do parlamento para coibir práticas criminosas que atentam contra a saúde pública e contra a vida, reafirmando o nosso compromisso em proteger os brasileiros de condutas tão graves e inaceitáveis."
Três pessoas morreram e outras 17 tiveram sintomas graves de envenenamento após consumirem bebidas alcóolicas adulteradas com metanol nos estados de São Paulo e Paraná. Outros 200 casos estão em investigação em vários estados do Brasil.
A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS APROVOU UMA PROPOSTA QUE CRIA O ESTATUTO DA VÍTIMA. REPÓRTER RODRIGO RESENDE.
O projeto que cria o Estatuto da Vítima foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado. A proposta é de autoria do deputado federal Rui Falcão, do PT de São Paulo, em conjunto com outros deputados. O texto garante que a vítima tenha direitos garantidos como comunicação, defesa, proteção, informação, apoio, assistência e tratamento profissional. A proposta prevê que a vítima deve ser imediatamente comunicada pelo Poder Judiciário da prisão, da soltura ou da fuga do suposto autor do crime e sobre o arquivamento do inquérito policial. O senador Weverton, do PDT do Maranhão, relator da proposta, afirma que outro ponto essencial do texto é a institucionalização da justiça restaurativa.
(sen. Weverton) "O projeto institucionaliza a justiça restaurativa, reconhecendo-a formalmente como política pública complementar à justiça tradicional, abrindo espaço para práticas humanizadas, que priorizam o diálogo, a reparação e a reconstrução de vínculos sociais, alinhando o Brasil às melhores experiências internacionais."
A proposta, que é composta por 57 artigos, segue em regime de urgência para análise do Plenário do Senado.
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