Indicação de Carlos Ceglia para embaixada na Geórgia vai a Plenário

Da Agência Senado | 13/11/2024, 14h37

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta quarta-feira (13) a indicação do diplomata Carlos Ricardo Martins Ceglia para o cargo de embaixador do Brasil na Geórgia. A mensagem (MSF) 52/2024 recebeu relatório do senador Esperidião Amin (PP-SC) e segue para o Plenário.

Segundo Ceglia, a chancelaria do país europeu prioriza o equilíbrio nas relações diplomáticas com dois blocos antagônicos, mas cruciais para aquele país: de um lado a Rússia e, de outro, o Ocidente.

— Isso deixa pouco espaço na agenda da política externa para regiões mais distantes, como a America do Sul. Aí reside uma de minhas missões: mostrar que o Brasil pode ser uma terceira via, ou algo semelhante. O Brasil tem influência global, o Brasil é G20, o Brasil é Brics. Vou tentar colocar o Brasil no mapa da Georgia — afirmou o indicado.

O senador Esperidião Amin destacou que o intercâmbio comercial é amplamente favorável ao Brasil, que registrou saldo positivo de US$ 410 milhões no ano passado. O parlamentar defendeu a conclusão do acordo de transferência de pessoas condenadas entre os dois países.

— O governo brasileiro está ciente da existência de condenados brasileiros em prisões daquele país, que desejam cumprir o restante de suas penas em solo pátrio. Consignamos que autoridades georgianas, por motivos humanitários, aceitaram repatriar alguns presos brasileiros de maneira pontual, entre 2018 e 2021. Mas, desde 2022, têm demonstrado maior resistência na transferência de pessoas condenadas — salientou.

Perfil

Carlos Ricardo Martins Ceglia é formado em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Políticos na França e entrou no Itamaraty em 1983. Ele atuou em representações do Brasil em Brunei, Malásia e Turquia, entre outros. 

A Geórgia é uma república parlamentarista de 3,68 milhões de habitantes, localizada no Cáucaso, no limite entre Europa Oriental e Ásia. O Brasil estabeleceu relações diplomáticas com o país em 1993, menos de dois anos após o reconhecimento da independência do país. 

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)