Vai à Câmara nome do aviador João Barros no 'Livro dos Heróis da Pátria'
Da Agência Senado | 17/09/2024, 13h09
Vai à Câmara dos Deputados o projeto de lei que inscreve o nome do aviador João Ribeiro de Barros no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A matéria foi aprovada na Comissão de Educação e Cultura (CE), nesta terça-feira (17). A reunião foi conduzida pelo presidente do colegiado, senador Flávio Arns (PSB-PR).
Apresentado pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), o PL 1.025/2024 recebeu parecer favorável do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). No voto, Mourão destaca que João Ribeiro de Barros nasceu em Jaú (SP) em 4 de abril de 1900 e marcou seu nome na história da aviação mundial como o primeiro aviador a realizar a travessia do Atlântico Sul sem escalas em um hidroavião, em 28 de abril de 1927.
O relator afirma que o feito "transcendeu os marcos técnicos e científicos, tornando-se um testemunho de inspiração e audácia". Para ele, a homenagem é merecida por reconhecer a bravura e inovação, e por inspirar novos caminhos para “conquistas sem precedentes”.
"Ao completar essa travessia épica, João Ribeiro de Barros não somente uniu dois continentes de maneira inédita, mas também inspirou gerações futuras a perseguirem seus sonhos com grande ousadia. Seu legado ultrapassa as conquistas técnicas. Ele representa a quintessência da coragem, do pioneirismo e da inovação. Demonstrou que, com fé inabalável em nossas próprias capacidades e determinação incansável, não há sonho demasiadamente grandioso, nem desafio insuperável."
Biografia
João Ribeiro de Barros ingressou no curso de direito da Faculdade do Largo de São Francisco, atual Universidade de São Paulo, em 1917, mas acabou abandonando os estudos para se dedicar ao estudo em mecânica de aviões nos EUA.
Em 1923, na França, obteve seu brevê internacional da Liga Internacional dos Aviadores, iniciando sua carreira de piloto. Aperfeiçoou seus conhecimentos como navegador aéreo e piloto nos EUA, em acrobacias aéreas na Alemanha e começou a se preparar para uma travessia aérea transatlântica inédita.
Após vender sua herança a seus irmãos, ele foi para a Itália, onde comprou uma aeronave usada. Com o mecânico Vasco Cinquini, fez diversas reformas e adaptações para melhoria da velocidade e autonomia. O aparelho foi rebatizado com o nome Jahú em homenagem a sua cidade natal.
Em 1927, junto com três tripulantes, o copiloto Arthur Cunha, o navegador Newton Braga e Vasco Cinquini, voou de Gênova, na Itália, até Santo Amaro (SP).
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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