Para Amin, inquérito das fakes news é 'processo inquisitorial'
Da Agência Senado | 05/09/2024, 10h59
O senador Esperidião Amin (PP-SC) criticou, em pronunciamento na quarta-feira (4), o Inquérito 4.781 do Supremo Tribunal Federal (STF), que apura o uso de fake News e os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. O parlamentar comparou a investigação a um "processo inquisitorial", traçando um paralelo com a Inquisição da Igreja Católica, que perdurou por cerca de 600 anos.
Segundo o senador, assim como as histórias das vítimas da Inquisição foram redescobertas, os métodos empregados no inquérito 4.781 também serão desvendados. Ele criticou a falta de transparência e as ações tomadas sem a devida investigação.
— Mais cedo ou mais tarde, vai haver uma revisão. Como, mais cedo ou mais tarde, saberemos o porquê de terem sido escolhidas as vítimas desse inquérito — disse.
Amin também criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender novamente as redes sociais do senador Marcos do Val (Podemos-ES), além de ordenar o bloqueio de R$ 50 milhões do senador. O parlamentar expressou solidariedade a Marcos do Val, que, segundo ele, enfrenta essas restrições sem a possibilidade de recorrer ao Judiciário.
— Submeter alguém à perda da sua condição de sobrevivência para dominá-lo, para fazê-lo humilhar-se é o pior dos despotismos, e só alguém com espírito inquisitorial faria isso, sem ter a coragem de justificar numa sentença publicada e passível de recurso, com o cidadão. Estão destruindo a cidadania no Brasil com este comportamento. Mesmo depois de enterrada, esta saga merece ser investigada. Sou testemunha de defesa num processo que está tramitando aqui no Senado contra o senador Marcos do Val. Não me pediu, mas soube do que se tratava e vou testemunhar — concluiu.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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