Paim: ditadura militar matou, sequestrou, torturou, reprimiu e censurou

Da Agência Senado | 02/04/2024, 16h09

O senador Paulo Paim (PT-RS) exaltou a democracia brasileira ao elogiar a sessão especial do Senado que celebrou, nesta terça-feira (2), a redemocratização do Brasil ocorrida após o fim do regime militar. Paim afirmou que, durante seus 21 anos de duração, a ditadura militar sequestrou, torturou e assassinou pessoas, reprimiu e censurou a imprensa e a cultura e chegou ao ponto de fechar o Congresso Nacional.

— Com a democracia, tudo! Sem ela, é nada. Vida longa à democracia, que ela seja eterna no nosso país!

Paim também elogiou o lançamento do livro Tempos de Chumbo, que reúne textos de políticos e acadêmicos, como o ministro do STF Gilmar Mendes, o próprio Paim e o senador Randolfe Rodrigues (AP), que foi o autor do requerimento para a realização da sessão especial. 

Registrou, ainda, a abertura da exposição de fotos de Orlando Brito da época do regime de exceção.

O parlamentar avaliou como essencial para o fortalecimento da democracia o registro histórico sobre governos totalitários, ditaduras e estados de exceção.

 — Para evitar que essas páginas tristes da nossa história sejam esquecidas. Durante os chamados anos de chumbo no Brasil, houve intensa repressão política, cassação de direitos políticos, extinção de partidos, censura à imprensa e à cultura, além de assassinatos, torturas, sequestros e exílios. Os direitos humanos foram barbaramente desrespeitados e o Congresso Nacional chegou a ser fechado.

O senador recordou que foi deputado constituinte e ajudou a fixar na Constituição de 1988 os direitos e as garantias individuais, ampliando as liberdades civis e assegurando a liberdade de imprensa e a livre expressão. Paim também defendeu o respeito à diversidade e o combate às discriminações.

— Memória e direitos humanos estão profundamente conectados, apontando para um caminho de esperança, por uma vida mais humana e justa, com igualdade de direitos e oportunidades para todos: negros, brancos, índios, imigrantes, idosos, crianças, LGBTQIA+, mulheres… A memória viva reestabelece a verdade e a justiça, permitindo que as sociedades confrontem eventos traumáticos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)