Pacheco defende importância da vacinação, inclusive para crianças
Da Agência Senado | 28/02/2024, 19h18
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse confiar nas decisões das autoridades públicas de Saúde sobre as políticas de vacinação no país. Ele também afirmou ter orgulho de ser autor do projeto que culminou na lei que autorizou os governos estaduais a adquirir vacinas contra covid-19. Pacheco relatou que, como cidadão, consegue verificar que, sem a vacina, 700 mil brasileiros morreram de covid. Já com a vacina, acrescentou, esse número diminui muito. Para Pacheco, não se pode desestimular a vacinação no país, pois isso pode significar o aumento de várias doenças. Ele ainda disse que sempre atenderá às demandas dos senadores por mais debates e defendeu mais pesquisas em favor das vacinas e da saúde.
— Depois de tudo o que ultrapassamos na pandemia, posso dizer da minha absoluta confiança no Ministério da Saúde do nosso país e tenho uma convicção pessoal da importância da vacinação para todas as pessoas, inclusive para as crianças — declarou Pacheco no Plenário, nesta quarta-feira (28).
A fala do presidente veio depois de o senador Eduardo Girão (Novo-CE) pedir que ele interceda junto ao governo federal para que a vacinação contra a covid não seja obrigatória para crianças até 4 anos. Girão também disse que o Senado entrou para a história ao realizar, na última segunda-feira (26), um debate sobre a obrigatoriedade da vacina em crianças. Segundo informou Girão, a sessão de debates contou com a presença de médicos nacionais e internacionais. O senador lamentou a ausência de representantes do Ministério da Saúde e de senadores que criticam sua posição e também disse que o Brasil é o único país do mundo a decidir pela vacinação obrigatória de crianças.
— Meu apelo foi pela prudência, diante de um cenário ainda incerto, com pesquisas ainda sendo feitas. É mais fácil ler notinhas do que enfrentar especialistas — registrou o senador, que informou ter tomado a vacina contra a covid.
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) defendeu um debate com “alta responsabilidade” e sugeriu que as pessoas busquem as publicações do Ministério da Saúde do último dia 26 de janeiro, as quais trazem dados completos sobre a vacinação de crianças, apontam a necessidade de imunização dessa faixa etária e informam claramente que é falsa a informação de que o Brasil é o único país que vacina crianças contra a covid. Alessandro lamentou o fato de existir um movimento global antivacinas “motivado e impulsionado por profunda ignorância”.
— O Brasil perdeu mais de 700 mil pessoas e a intervenção da vacina teve efeitos claríssimos. Os países continuam recomendando a vacinação, cada um dentro de sua formatação de calendário local. A União Europeia continua recomendando a vacinação. O calendário de vacinação brasileiro é bem sucedido historicamente, justamente porque cria marcadores e compulsoriedade em algumas questões. Nós estamos tratando de uma doença que tem quatro anos de notificação. Ainda teremos muita informação, mas uma incontrastável é que o cenário global mudou absolutamente com a existência da vacina. E quem está falando aqui é um cara que esteve internado 11 dias na mesma semana em que perdemos um colega, o [senador] Major Olímpio — concluiu.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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