Comissão aprova Robson Sampaio de Almeida como patrono do Paradesporto Brasileiro

Da Agência Senado | 15/12/2023, 14h13

A Comissão de Esporte (CEsp) aprovou na terça-feira (12) projeto que concede o título de Patrono do Paradesporto Brasileiro ao atleta Robson Sampaio de Almeida. O PL 4.150/2023, do senador Confúcio Moura (MDB-RO), recebeu parecer favorável da relatora, senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), e vai à Câmara dos Deputados.

O título de Patrono pode ser concedido em diferentes categorias da sociedade, como os esportes, a educação e as artes. De acordo com a Lei 12458, de 2011, o agraciado deve ser brasileiro, morto há pelo menos dez anos, e ter se destacado e contribuído para o campo no qual será homenageado.

Sobre o medalhista

Robson Sampaio de Almeida foi o primeiro medalhista paralímpico do Brasil. Nos Jogos Paralímpicos de 1976, no Canadá, ele ganhou uma medalha de prata ao lado de Luiz Carlos Costa. A dupla ficou em segundo lugar na modalidade lawn bowls, uma variação da bocha praticada em campos de grama. Em Toronto, Robson Robson disputou ainda o tiro, classificando-se em 15º numa prova de carabina.

De acordo com o site Rede do Esporte, mantido pelo governo federal, a primeira participação brasileira nos jogos Paralímpicos havia sido em 1972, na cidade de Heidelberg (Alemanha). Contando com 20 atletas na delegação (todos homens), o Brasil disputara provas no tiro com arco, no atletismo, na natação e no basquete em cadeira de rodas, mas não obtivera nenhuma medalha. Conforme o Torcedor.com, Robson integrava o time de basquete, que terminou em quarto lugar na Divisão II, "disputada por países de menor tradição". Ele também competira pelo atletismo, mais exatamente na prova de arremesso de dardo de precisão.

“O fato de o Brasil despontar, neste século, na disputa por lugares de honra no quadro de medalhas paralímpicas, se deve à perseverança de Robson, que possibilitou que essa história fosse trilhada”, descreve Confúcio Moura na justificação do projeto. 

Antes dos Jogos Paralímpicos, o atleta já incentivava a prática de esporte por brasileiros com deficiência. Em 1957, ele fundou o Clube de Otimismo, que foi o primeiro movimento nacional em prol do esporte inclusivo e permaneceu em atividade até 2009. Robson Sampaio de Almeida morreu no Rio de Janeiro em 1987.

— Se o Brasil é hoje considerado uma das grandes potências do paradesporto, a trajetória de Robson Sampaio de Almeida merece ser sempre lembrada e exaltada. Ele foi, sem dúvidas, um dos responsáveis pelo desenvolvimento dessa prática em nosso país — reforçou Mara, que é cadeirante.  

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)