Kajuru alerta para temperaturas recordes e ondas de calor no Brasil

Da Agência Senado | 26/09/2023, 15h35

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) alertou, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (26), para o perigo das ondas de calor que afetam o Brasil. O parlamentar destacou que várias cidades bateram recorde de temperatura neste ano, começando a primavera sob alerta vermelho do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Ainda segundo o senador, o último inverno foi o mais quente desde o início dos registros de temperatura no Brasil. 

— Na Cúpula da Ambição Climática, semana passada, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez uma declaração dramática. A crise do clima provocada pela atividade humana, disse ele, "abriu as portas do inferno". [...] Ele se referia aos efeitos do aquecimento do ar e da superfície dos oceanos, registrados simultaneamente em várias partes do planeta, com inundações, secas, tufões, ciclones, queimadas e, principalmente, ondas de calor. O mundo está pagando a conta do aquecimento global, provocado pelo aumento do efeito estufa, que se intensifica por causa da poluição causada pelo homem, devido ao uso intensivo de combustíveis fósseis e à derrubada de florestas, entre outras atividades predatórias do clima.

Kajuru chamou atenção para a maior intensidade do El Niño, fenômeno que aquece o Oceano Pacífico e altera a distribuição de umidade e calor no planeta, e afirmou que o Brasil não está preparado para enfrentar suas consequências. Para o senador, os governos federal, estaduais e municipais precisam discutir com a sociedade civil uma maneira de enfrentar as ondas de calor em um planeta “ambientalmente desequilibrado”.

O parlamentar também questionou se não deveria haver um estudo sobre o retorno do horário de verão. Afirmou ser necessário integrar a meteorologia e a Defesa Civil para que a população seja bem informada e alertada quando necessário. Kajuru ainda disse ser preciso preparar a área de saúde para eventual pronto atendimento dos grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças, gestantes e doentes crônicos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)